Quando você sente que hoje vai dar um problema e dá.
Quando você sente que ir não vai ser tão bom assim e não é.
Quando você sente que talvez não seja muito bem aquilo e não é mesmo.
Quando você sente que talvez esteja na contra-mão e de fato está.
Quando você se pergunta "Será que vou ficar louca?" ... é porque já está?
Friday
Monday
Escrito em Jet Lag.
Poderia ser mais um longo cansaço em minha vida.
Eu justificaria isso pela quantidade de danças, risadas, presenças, profundidades e tons auto-sarcásticos. Eu acrescentaria os olhares, falta ou presença de timmings e cuidados polidos.
Devo somar também cuidados com outros que nos levaram a subtrações.
E à nossa sub-atração de hoje.
A atração que foi se esvaindo, que virou ansiedade, que virou falta de foco, que virou segundo plano, que virou sub e não prima, que virou velada. Intocada.
Uma soma e muitas subtrações de horas tiveram como resultado a nossa sub-atração de hoje.
Proponho longo descanso.
Feche os olhos, solte o cinto, os papéis e esta borracha.
Porque vou reescrever duas determinadas pessoas.
E estas, quero que durem mais que a diferença de nossos fuso-horários, muito além de cansaços e estações finais.
Eu justificaria isso pela quantidade de danças, risadas, presenças, profundidades e tons auto-sarcásticos. Eu acrescentaria os olhares, falta ou presença de timmings e cuidados polidos.
Devo somar também cuidados com outros que nos levaram a subtrações.
E à nossa sub-atração de hoje.
A atração que foi se esvaindo, que virou ansiedade, que virou falta de foco, que virou segundo plano, que virou sub e não prima, que virou velada. Intocada.
Uma soma e muitas subtrações de horas tiveram como resultado a nossa sub-atração de hoje.
Proponho longo descanso.
Feche os olhos, solte o cinto, os papéis e esta borracha.
Porque vou reescrever duas determinadas pessoas.
E estas, quero que durem mais que a diferença de nossos fuso-horários, muito além de cansaços e estações finais.
Crossing roads in Madrid.
It's about who I am,
And where I wanna be.
It's about where I am,
And who I wanna be.
And where I wanna be.
It's about where I am,
And who I wanna be.
Thursday
Wednesday
A noite do Hotel Drake Longchamp.
Se eu não tivesse chegado aqui sozinha, o Hotel Drake Longchamp não pareceria tão mal assombrado.
Ou melhor, recomeçando: se eu não tivesse chegado aqui sozinha, Geneva não pareceria tão mal assombrada.
Uma desconhecida em um país que gosto. Gostamos.
Com um lago grande, frio e calmo.
Foi por isso que vim.
Mas na sua ausência, ele me dá medo. O banheiro parece mais feminino e faz com que eu me sinta há séculos passados de distância de você. Os azulejos decorados, o espelho sanfonado, o porcelanato rosa-antigo lembram-me a infância em Taubaté, e me dou conta de outras tantas distâncias.
Na bancada do quarto, o livro sobre a Arte da Hotelaria me faz rir e a assinatura xerocada de Ronald Regan me dá a certeza de que você riria comigo.
Daí me enrosco em risadas e cortinas, e vejo o Lago, de novo. Tão grande, tão frio e tão calmo.
Abro a janela e o frio nem é tão frio assim. São dois graus... pensar que já estivemos a zero de separação.
Deixo o silêncio da Suíça entrar no meu quarto, rezando ali no fundo do coração para ouvir um suspiro seu vindo da Áustria.
Deito na cama e as camas de solteiros juntas não me incomodam. Porque delas vejo a grandiosidade, o lago, as luzes e todas as minhas vontades refletidas em cada uma delas.
Vontades, seria no quarto do Hotel Drake Longchamp que você diria o quanto sentiu minha falta.
Seria aqui que te contaria todas as coisas que aconteceram na minha vida nos últimos seis meses. E o martírio, a loucura e o furacão que ela virou depois que você partiu. Seria aqui que você me ouviria como nenhuma outra pessoa quis ouvir.
Seria aqui onde eu assumiria que amo você.
Seria aqui que você se permitiria chorar. Seria aqui que eu me permitiria chorar.
Seria aqui que você voltaria atrás. Seria aqui que eu aceitaria.
Seria aqui que eu ligaria para minha família enquanto você seguraria minha mão, me dando realidade para descrever o tamanho da minha felicidade.
Seria aqui, no quarto do Hotel Drake Longchamp, de frente para o Lago Geneva, nesta noite de dois graus, onde eu finalmente entenderia o porquê você cruzou meu caminho.
Seria nesta noite.
Porque em todas as outras, eu não me conformo com a nossa grande, fria e calma separação.
Ou melhor, recomeçando: se eu não tivesse chegado aqui sozinha, Geneva não pareceria tão mal assombrada.
Uma desconhecida em um país que gosto. Gostamos.
Com um lago grande, frio e calmo.
Foi por isso que vim.
Mas na sua ausência, ele me dá medo. O banheiro parece mais feminino e faz com que eu me sinta há séculos passados de distância de você. Os azulejos decorados, o espelho sanfonado, o porcelanato rosa-antigo lembram-me a infância em Taubaté, e me dou conta de outras tantas distâncias.
Na bancada do quarto, o livro sobre a Arte da Hotelaria me faz rir e a assinatura xerocada de Ronald Regan me dá a certeza de que você riria comigo.
Daí me enrosco em risadas e cortinas, e vejo o Lago, de novo. Tão grande, tão frio e tão calmo.
Abro a janela e o frio nem é tão frio assim. São dois graus... pensar que já estivemos a zero de separação.
Deixo o silêncio da Suíça entrar no meu quarto, rezando ali no fundo do coração para ouvir um suspiro seu vindo da Áustria.
Deito na cama e as camas de solteiros juntas não me incomodam. Porque delas vejo a grandiosidade, o lago, as luzes e todas as minhas vontades refletidas em cada uma delas.
Vontades, seria no quarto do Hotel Drake Longchamp que você diria o quanto sentiu minha falta.
Seria aqui que te contaria todas as coisas que aconteceram na minha vida nos últimos seis meses. E o martírio, a loucura e o furacão que ela virou depois que você partiu. Seria aqui que você me ouviria como nenhuma outra pessoa quis ouvir.
Seria aqui onde eu assumiria que amo você.
Seria aqui que você se permitiria chorar. Seria aqui que eu me permitiria chorar.
Seria aqui que você voltaria atrás. Seria aqui que eu aceitaria.
Seria aqui que eu ligaria para minha família enquanto você seguraria minha mão, me dando realidade para descrever o tamanho da minha felicidade.
Seria aqui, no quarto do Hotel Drake Longchamp, de frente para o Lago Geneva, nesta noite de dois graus, onde eu finalmente entenderia o porquê você cruzou meu caminho.
Seria nesta noite.
Porque em todas as outras, eu não me conformo com a nossa grande, fria e calma separação.
Tuesday
A história de quem não pertencia.
Não demorou muito para cair em sí: tudo a sua volta estava caindo por terra.
Eram amigos que belamente decepcionavam, relacionamentos que não durariam mais uma manhã, casas que não satisfaziam, e empregos...bem... empregos que não se acertariam.
Era uma saudade de algo que nem sabia o que era. Justamente porque ela não mais pertencia àquilo que um dia teve.
Por não ter nada, teria que recomeçar do zero. Ou largar mão de vez.
Lembrou da astróloga dizendo:"Estás vivendo o melhor ano da sua vida!" Logo em seguida, quis desistir de tudo. Porque se esse era o melhor ano, rá, imagine o pior.
O gosto da boca era estranho, o corpo estava adoecido, o peito dolorido, o ego esquecido, o brilho apagado. As projeções mais nada diziam, por mais que ela insistisse que dalí sairia a resposta.
Um ano para qual muitas coisas ela disse "chega!". Um ano de muitos e muitos erros. Um ano de excessos, um ano de abusos. Um ano de abusos profissionais, mentais, sexuais, financeiros e físicos. Um ano de surpresas tristes, de negações pessoais. De laços soltos e revelações amargas. Um ano de expectativas e vazios. Um ano de buscas e encontros rasos.
Enfim um ano forçadamente que era mais ela, porque os outros já não correspondiam.
Eram amigos que belamente decepcionavam, relacionamentos que não durariam mais uma manhã, casas que não satisfaziam, e empregos...bem... empregos que não se acertariam.
Nunca quis tanto que o ano chegasse ao fim.
Porque pelo menos a isso, aos 'fins', ela ainda pertencia.
Eram amigos que belamente decepcionavam, relacionamentos que não durariam mais uma manhã, casas que não satisfaziam, e empregos...bem... empregos que não se acertariam.
Era uma saudade de algo que nem sabia o que era. Justamente porque ela não mais pertencia àquilo que um dia teve.
Por não ter nada, teria que recomeçar do zero. Ou largar mão de vez.
Lembrou da astróloga dizendo:"Estás vivendo o melhor ano da sua vida!" Logo em seguida, quis desistir de tudo. Porque se esse era o melhor ano, rá, imagine o pior.
O gosto da boca era estranho, o corpo estava adoecido, o peito dolorido, o ego esquecido, o brilho apagado. As projeções mais nada diziam, por mais que ela insistisse que dalí sairia a resposta.
Um ano para qual muitas coisas ela disse "chega!". Um ano de muitos e muitos erros. Um ano de excessos, um ano de abusos. Um ano de abusos profissionais, mentais, sexuais, financeiros e físicos. Um ano de surpresas tristes, de negações pessoais. De laços soltos e revelações amargas. Um ano de expectativas e vazios. Um ano de buscas e encontros rasos.
Enfim um ano forçadamente que era mais ela, porque os outros já não correspondiam.
Eram amigos que belamente decepcionavam, relacionamentos que não durariam mais uma manhã, casas que não satisfaziam, e empregos...bem... empregos que não se acertariam.
Nunca quis tanto que o ano chegasse ao fim.
Porque pelo menos a isso, aos 'fins', ela ainda pertencia.
Saturday
Thursday
Wednesday
Monday
Saturday
Wednesday
The Big Great Life Circle.
Comeu o pão que o Diabo amassou.
Lambuzou-se com doces que o Anjo açucarou.
Lambuzou-se com doces que o Anjo açucarou.
Natalia Magdalena, 121 days ago.
Dai fui para um apartamento
Que tava todo grafitado
E um monte de lata de spray no chão.
Fiz um PoodleMen e fui para o aeroporto.
Barcelona
Todo mundo abandonou alguma coisa para estar ali.
Que tava todo grafitado
E um monte de lata de spray no chão.
Fiz um PoodleMen e fui para o aeroporto.
Barcelona
Todo mundo abandonou alguma coisa para estar ali.
192 days ago.
Sabe o que ta acontecendo...?
Parece que eu esvaziei. Parece que eu deixei de lado meu alimento principal, o conteúdo, porque desde que vocês se foram... Eu não tive mais com quem trocar... Para quem preparar, a quem servir.
Parece que eu esvaziei. Parece que eu deixei de lado meu alimento principal, o conteúdo, porque desde que vocês se foram... Eu não tive mais com quem trocar... Para quem preparar, a quem servir.
Monday
Tuesday
Mas hoje eu senti saudade.
Hoje quando as meninas saíram de casa, depois de aprovarem o apê, eu quis te contar.
Eu fiz o meu email mental para você, escolhi as frases e as conclusões. Pensei nas interjeições e na conclusão positiva de tudo que é novo, como eu sempre fazia neles.
Mas daí me deu uma tristeza, porque quando ele estava quase inteirinho pronto na minha cabeça.... eu tive de deletá-lo.
Porque não ia escrever. Porque não ia contar. Porque você não ia saber. E por mais que ambos estejamos vivendo momentos de vida muito similares, por mais que ambos estejamos fazendo novas malas e se desfazendo de antigos móveis, você não iria saber. Você não iria ler. Você não iria me sentir. Porque eu não ia dividir.
E isso me deu uma tristeza.
Porque as minhas conclusões positivas não sairiam da minha boca com o orgulho e o brilho nos olhos que antes saíam quando elas sabiam que alcançariam você.
Hoje quando as meninas saíram de casa, depois de aprovarem o apê, eu tomei um banho quente. Eu lavei o cabelo com o Shampoo europeu. Eu escolhi a roupa três vezes e optei pela qual me valoriza mais. Eu usei maquiagem. Eu escolhi ir de sapato novo. Eu me enebriei do perfume favorito.
Eu sentei na frente do computador.
Eu trabalhei.
Eu fiz para meu futuro ano.
Eu liguei e fui a pessoa mais doce do mundo.
Eu busquei paz na minha própria voz.
Eu tive que me ouvir.
Mas hoje.
Hoje.
Hoje eu senti saudade.
(and i wish you could feel that too.)
Eu fiz o meu email mental para você, escolhi as frases e as conclusões. Pensei nas interjeições e na conclusão positiva de tudo que é novo, como eu sempre fazia neles.
Mas daí me deu uma tristeza, porque quando ele estava quase inteirinho pronto na minha cabeça.... eu tive de deletá-lo.
Porque não ia escrever. Porque não ia contar. Porque você não ia saber. E por mais que ambos estejamos vivendo momentos de vida muito similares, por mais que ambos estejamos fazendo novas malas e se desfazendo de antigos móveis, você não iria saber. Você não iria ler. Você não iria me sentir. Porque eu não ia dividir.
E isso me deu uma tristeza.
Porque as minhas conclusões positivas não sairiam da minha boca com o orgulho e o brilho nos olhos que antes saíam quando elas sabiam que alcançariam você.
Hoje quando as meninas saíram de casa, depois de aprovarem o apê, eu tomei um banho quente. Eu lavei o cabelo com o Shampoo europeu. Eu escolhi a roupa três vezes e optei pela qual me valoriza mais. Eu usei maquiagem. Eu escolhi ir de sapato novo. Eu me enebriei do perfume favorito.
Eu sentei na frente do computador.
Eu trabalhei.
Eu fiz para meu futuro ano.
Eu liguei e fui a pessoa mais doce do mundo.
Eu busquei paz na minha própria voz.
Eu tive que me ouvir.
Mas hoje.
Hoje.
Hoje eu senti saudade.
(and i wish you could feel that too.)
Friday
Wednesday
Saturday
Aura.
eu estava postergando.
mas é quase impossível não verbalizar.
porque eu não verbalizei esses dias todos, esses últimos cinco dias todos...
tem uma dor aqui perto, bem perto do coração, entre a pele e a carne.
uma dor da amiga de alma, uma das tão raras, ter ido morar longe.
mas não um longe de 'te vejo daqui três ou seis meses'. um longe de três anos ou mais.
um longe de uma distância que nem sei mesmo ao certo qual é, mas eu juro pra você que essa dor me caiu diferente.
e diferente de todas as distâncias que você lê aqui.
é uma distância de dor e repleta de amor.
e de felicidades: porque assim, aqui, eu ajeito meus parênteses para também seguir com meus próprios sonhos e realidades.
mas, Aura, me dói entre a pele e uma carne que tá cheia de sangue de uma saudade de sabe-se-deus-o-porquê-fez-se-tão-real.
e a saudade existe, a respeito e por isso a escrevo.
a ida d'ela Déa, de um pedaço d'alma, do amor na inteligência, da afinidade no olhar, da cumplicidade do abraço, das frases cuspidas de dentro, do companheirismo do breve telefonema, do riso descompromissado, do sorriso de dentro.
e da risada que me revela viva...
... a de uma presente ida me dói.
ao mesmo tempo que é tão linda.
ao mesmo tempo que é tão viva.
ao mesmo tempo que é tão meu amor carregado junto numa bagagem para novas histórias.
ao mesmo tempo que é a simplicidade de uma amizade que amarra tudo.
e que será mentira se eu disser a você que minha vida continua igual.
porque ela simplesmente não continua:
ela renasce.
porque assim me reconheço em minha própria vida que me responde: é mesmo LINDA a beleza da SIMPLICIDADE.
mas é quase impossível não verbalizar.
porque eu não verbalizei esses dias todos, esses últimos cinco dias todos...
tem uma dor aqui perto, bem perto do coração, entre a pele e a carne.
uma dor da amiga de alma, uma das tão raras, ter ido morar longe.
mas não um longe de 'te vejo daqui três ou seis meses'. um longe de três anos ou mais.
um longe de uma distância que nem sei mesmo ao certo qual é, mas eu juro pra você que essa dor me caiu diferente.
e diferente de todas as distâncias que você lê aqui.
é uma distância de dor e repleta de amor.
e de felicidades: porque assim, aqui, eu ajeito meus parênteses para também seguir com meus próprios sonhos e realidades.
mas, Aura, me dói entre a pele e uma carne que tá cheia de sangue de uma saudade de sabe-se-deus-o-porquê-fez-se-tão-real.
e a saudade existe, a respeito e por isso a escrevo.
a ida d'ela Déa, de um pedaço d'alma, do amor na inteligência, da afinidade no olhar, da cumplicidade do abraço, das frases cuspidas de dentro, do companheirismo do breve telefonema, do riso descompromissado, do sorriso de dentro.
e da risada que me revela viva...
... a de uma presente ida me dói.
ao mesmo tempo que é tão linda.
ao mesmo tempo que é tão viva.
ao mesmo tempo que é tão meu amor carregado junto numa bagagem para novas histórias.
ao mesmo tempo que é a simplicidade de uma amizade que amarra tudo.
e que será mentira se eu disser a você que minha vida continua igual.
porque ela simplesmente não continua:
ela renasce.
porque assim me reconheço em minha própria vida que me responde: é mesmo LINDA a beleza da SIMPLICIDADE.
Wednesday
nestes seis últimos dias.
com os pés no chão e saudade de mim mesma.
numa intensidade de pessoas e notícias, chegar em casa é aliviante.
com a melhor amiga indo morar fora, quase me arrumando para dar um beijo bonito de até logo.
com os planos que existem e outros que surgirão.
sentada no sofá com a realidade ao lado.
sem fazer sala, sem ter fala. no silêncio.
onde acho de novo meu conforto.
onde estar sozinha é valioso.
onde escrever me lembra quem sou.
quem amo e para onde vou.
comigo.
com amigos.
mas é na minha própria língua, cidade e felicidade que encontro meu eu.
nestes seis últimos dias de setembro de dois mil e dez, nunca revisitei tanto e amei tanto minhas próprias raízes.
numa intensidade de pessoas e notícias, chegar em casa é aliviante.
com a melhor amiga indo morar fora, quase me arrumando para dar um beijo bonito de até logo.
com os planos que existem e outros que surgirão.
sentada no sofá com a realidade ao lado.
sem fazer sala, sem ter fala. no silêncio.
onde acho de novo meu conforto.
onde estar sozinha é valioso.
onde escrever me lembra quem sou.
quem amo e para onde vou.
comigo.
com amigos.
mas é na minha própria língua, cidade e felicidade que encontro meu eu.
nestes seis últimos dias de setembro de dois mil e dez, nunca revisitei tanto e amei tanto minhas próprias raízes.
Monday
Saturday
Post para um dos melhores presentes da Vida.
Uma das pessoas que mais amo pra sempre.
Que eu fiz questão de passar meu aniversário rindo e dividindo mãos, planos e energias bonitas.
Que acabou de ter a experiência de Vida Própria mais valiosa dessa jornada.
E que me dá o prazer de ouvir. Que sabe dividir.
E de ser Amigo para sempre.
Lisonjeada. Abençoada.
Monday
Vienna. For The Arts.
The lines I trace with my feet walking in the museum are more important and more beautiful than the lines I find there hung up on the wall.
Tuesday
Divisor de águas.
então disse.
a sensação foi libertadora.
veio como uma dor que precisava ser curada há tempos, muito mais do que o tempo da relação deles.
assumiu, e assumiu com vontade.
quando a frase estava subindo, mais ou menos na altura da garganta, sentiu um frio na barriga. vertigem, medo. e um frio geral, daqueles sentidos quando se está quase caindo no sono.
talvez porque quisesse que aquilo fosse um sonho, pra não ter que se responsabilizar por suas atitudes.
o corpo a protegia. o corpo sempre a protegia.
parecia que ele inventava tremedeira, medo e ansiedade nas horas certas só para ela não ter de soltar seu freio de mão.
mas soltou.
a frase veio e veio com vontade. elaborada, sentida, acompanhada de gestos de mãos e coragem de olhar para ele. dessa vez, ela teve. olhou-o nos olhos e despiu-se.
sentiu-se nua não pela revelação do dizer, mas pela leveza. como se tirasse casacos e casacos, proteções e proteções, revelou a possibilidade do Amor em sí, aquilo que já estava engasgado e amedrontado e em seu escuro a tanto tempo.
ele olhou-a, como quem pede mais.
e então ela disse mais.
trouxe detalhes e até as semanas passadas.
contou dos sinais físicos, contou dos textos mentais, contou do medo de ficar mais cinco minutos.
e nesse momento, embalou lindamente: 'no sexto minuto saí porque você me dá vontade de querer escrever. de pintar. de me expressar. de colocar pra fora esse sentimento tão lindo que tenho aqui dentro, e toda vez que te vejo, é tão bonito o que sinto que não é justo com o mundo eu guardar só para mim...
todo mundo devia ter acesso a isso, porque é nobre demais pra ser escondido...
e quando eu sinto, quer dizer que estou viva... e naquele sexto minuto me dei conta do quanto ainda gostava de você: quis sair e escrever a noite inteira.
e isso, isso é vida pra mim...
você me dá vontade de querer viver.
e há tanto tempo."
ele emudeceu. ela aliviou. e disse que precisava ir.
os dois pararam.
não sei para onde foram.
não sei para onde iriam.
não sei onde guardarão um ao outro. não sei nem como hoje guardarão pessoas ao invés de fantasmas com metros de altura.
mas aceitaram que estão no mesmo nível.
aceitaram que são medrosos.
aceitaram o susto.
aceitaram o gosto doce.
aceitaram o gosto amargo.
a condição de humano.
humildes, prometeram dizer a verdade.
e naquela noite, chorariam diamantes como um rito de passagem.
a sensação foi libertadora.
veio como uma dor que precisava ser curada há tempos, muito mais do que o tempo da relação deles.
assumiu, e assumiu com vontade.
quando a frase estava subindo, mais ou menos na altura da garganta, sentiu um frio na barriga. vertigem, medo. e um frio geral, daqueles sentidos quando se está quase caindo no sono.
talvez porque quisesse que aquilo fosse um sonho, pra não ter que se responsabilizar por suas atitudes.
o corpo a protegia. o corpo sempre a protegia.
parecia que ele inventava tremedeira, medo e ansiedade nas horas certas só para ela não ter de soltar seu freio de mão.
mas soltou.
a frase veio e veio com vontade. elaborada, sentida, acompanhada de gestos de mãos e coragem de olhar para ele. dessa vez, ela teve. olhou-o nos olhos e despiu-se.
sentiu-se nua não pela revelação do dizer, mas pela leveza. como se tirasse casacos e casacos, proteções e proteções, revelou a possibilidade do Amor em sí, aquilo que já estava engasgado e amedrontado e em seu escuro a tanto tempo.
ele olhou-a, como quem pede mais.
e então ela disse mais.
trouxe detalhes e até as semanas passadas.
contou dos sinais físicos, contou dos textos mentais, contou do medo de ficar mais cinco minutos.
e nesse momento, embalou lindamente: 'no sexto minuto saí porque você me dá vontade de querer escrever. de pintar. de me expressar. de colocar pra fora esse sentimento tão lindo que tenho aqui dentro, e toda vez que te vejo, é tão bonito o que sinto que não é justo com o mundo eu guardar só para mim...
todo mundo devia ter acesso a isso, porque é nobre demais pra ser escondido...
e quando eu sinto, quer dizer que estou viva... e naquele sexto minuto me dei conta do quanto ainda gostava de você: quis sair e escrever a noite inteira.
e isso, isso é vida pra mim...
você me dá vontade de querer viver.
e há tanto tempo."
ele emudeceu. ela aliviou. e disse que precisava ir.
os dois pararam.
não sei para onde foram.
não sei para onde iriam.
não sei onde guardarão um ao outro. não sei nem como hoje guardarão pessoas ao invés de fantasmas com metros de altura.
mas aceitaram que estão no mesmo nível.
aceitaram que são medrosos.
aceitaram o susto.
aceitaram o gosto doce.
aceitaram o gosto amargo.
a condição de humano.
humildes, prometeram dizer a verdade.
e naquela noite, chorariam diamantes como um rito de passagem.
Monday
Trinta e Trinta e Um.
Eu acredito em timing.
Eu acredito na força da memória.
Eu acredito na vontade de te escrever pra te contar que ontem fez um mês que te conheci, e que desde então pensei em você quase todos os dias.
Hoje eu fiquei tão feliz que eu quis muito te apresentar pra minha família. Mesmo ilusoriamente, isso já me mostrou que dei um ótimo passo.
Hoje eu comemorei o dia desde que acordei, só porque eu sabia que ia te encontrar.
Eu fiz de hoje o nosso dia, garantindo que não precisava de mais nada.
Acordei tarde, dormi cedo, porque a tarde foi bonita demais. Vinte e quatro horas já estavam completas e preenchidas, recheadas de mim mesma feliz.
Eu acredito no dia que te conheci.
Mas mais do que isso, eu acredito que reconheci.
Eu acredito na força da memória.
Eu acredito na vontade de te escrever pra te contar que ontem fez um mês que te conheci, e que desde então pensei em você quase todos os dias.
Hoje eu fiquei tão feliz que eu quis muito te apresentar pra minha família. Mesmo ilusoriamente, isso já me mostrou que dei um ótimo passo.
Hoje eu comemorei o dia desde que acordei, só porque eu sabia que ia te encontrar.
Eu fiz de hoje o nosso dia, garantindo que não precisava de mais nada.
Acordei tarde, dormi cedo, porque a tarde foi bonita demais. Vinte e quatro horas já estavam completas e preenchidas, recheadas de mim mesma feliz.
Eu acredito no dia que te conheci.
Mas mais do que isso, eu acredito que reconheci.
Propósito.
"Kunst 1st"
Quando eu esquecer, se eu esquecer, eu quero lembrar disso.
Essa é a razão, esse é o pulso mais forte que meu coração bate. É por isso que eu volto, é para isso que sempre volto, é a arte que tenho dentro de mim que precisa escapar. E só eu sei o que é sentir batendo quente aqui dentro. Todos os dias.
Me dá vida.
E vida dá vida.
E vida dá vida.
Domingo, 01 de Agosto de 2010.
Quando eu esquecer, se eu esquecer, eu quero lembrar disso.
Essa é a razão, esse é o pulso mais forte que meu coração bate. É por isso que eu volto, é para isso que sempre volto, é a arte que tenho dentro de mim que precisa escapar. E só eu sei o que é sentir batendo quente aqui dentro. Todos os dias.
Me dá vida.
E vida dá vida.
E vida dá vida.
Domingo, 01 de Agosto de 2010.
Tuesday
Smooth.
Engraçado.
Estava me trocando, no bazar das amigas, e de repente lembrei de você. Out of the blue, pensei que talvez pudesse chegar em casa e encontrar um email seu.
Sorri.
Fui ao espelho e estava até mais bonita.
Levei o vestido.
*smooth |smoōð|
adjective
having an even and regular surface or consistency
adverb archaic
in a way that is without difficulties.
Saturday
Sunday
Monday
Silêncio.
Um belo silêncio seu deu espaço
para outras coisas acontecerem.
...
E elas aconteceram.
...
Mas gostava mais da minha rotina
Com o seu barulho batendo aqui dentro.
para outras coisas acontecerem.
...
E elas aconteceram.
...
Mas gostava mais da minha rotina
Com o seu barulho batendo aqui dentro.
Wednesday
Sunday
Thursday
Bogotá, Páscoa de 2010. Sozinha.
E daí tem aqueles dias que você sabe que vai encontrar o que quer.
Simples como um cafe, gostoso como novos amigos.
Estou muito feliz de ter vindo.
Simples como um cafe, gostoso como novos amigos.
Estou muito feliz de ter vindo.
Tuesday
Monday
Wednesday
Tuesday
porque eu gosto mais.
'eu gosto mesmo é de demorar um pouquinho...'
você não devia.
não devia ter comecado o email com essa frase.
não, jamais, em hipótese alguma.
porque ela me caiu muito bem.
caiu com um conforto delicioso e uma vontade de você devagar que só aumentaram.
você, definitivamente, não devia.
porque assim, assim, eu gosto mais ainda.
você não devia.
não devia ter comecado o email com essa frase.
não, jamais, em hipótese alguma.
porque ela me caiu muito bem.
caiu com um conforto delicioso e uma vontade de você devagar que só aumentaram.
você, definitivamente, não devia.
porque assim, assim, eu gosto mais ainda.
Saturday
Em algum lugar.
faltava.
parecia que faltava um pedaço importante e que sempre esteve ali.
não se emocionava mais olhando um quadro, não palpitava o peito quando pisava na galeria. viu o filme e não viu nada. leu a frase e não lacrimejou.
tinha tanta coisa congestionada dentro de sí, que tudo externo parecia a via expressa da marginal em dia de feriado: rápido e borrado.
a casa estava vazia e já fazia tempo. chegar lá já não era nenhuma novidade e ela, por sí só, já não a transmitia nada.
e por isso começou diariamente, quando saía para viver, a bater os próprios bolsos a procurar.
não encontrou e amedrontou-se com a idéia de ter perdido.
ter perdido a emoção.
o brilho no olhar.
o tesão.
a água na boca.
a esperança.
estava lentamente se desfazendo do casamento que propôs consigo própria ao mudar de casa, bairro e rotina. aproveitou o boom de constatações - começado pelo fato de que não se adaptara e sentia-se extremamente só no primeiro andar - e mudou também de emprego.
como resposta do universo, amigos mudavam-se também. iam para longe e por muito tempo.
perdera a emoção. a alegria estava não-sei-onde. tentou resgatar arduamente onde deixara a paixão. onde será que perdera a paixão...?
encontrando uma paixão por sí, tudo voltaria ao normal.
e o mais interessante era: gostava-se.
o vazio eterno era por ser dura demais consigo, e ter a cabeça eternamente racional. precisava de uma interlocução a altura para deixar-se emocionar ao olhar no espelho.
precisava desesperadamente de alguém a altura.
um grupo.
pensou nos netos que queria ter, só para contar-lhes sua própria história.
Wednesday
Este é feito especialmente para você.
Parecia que não ia chegar nunca.
Eu esperei tanto por este momento, mas tanto, que tinha até esquecido da cor e do cheiro mentalmente programados para quando chegasse.
Hoje eu posso dizer com tranquilidade no coração que você não é e nem vai ser a pessoa que eu quero para compartilhar a vida comigo.
Parece que esperei dois anos e muitos relacionamentos dividida entre o você aqui de dentro e as pessoas reais comigo, lá fora. E você, de uma certa forma, sempre ganhava.
Não ganha mais.
Parece que tive que voltar quase dois anos atrás, sentir você de novo com suas desculpas e meus ouvidos alertas. Hoje, muito mais sóbrios e afiados do que já foram.
No domigo de manhã eu te matei, meu anjo.
Eu te matei aqui dentro e te agradeço profundamente.
Tuas palavras escolhidas a dedos me soaram tão opostas daquilo que tenho em mim, daquilo que sou que... que... você me deu uma arma. E desta vez, eu atirei confiante e acertei em cheio.
Não sei quem de fato és e, pelo que conversamos, pelas coisas que eu te disse que fizeram-te assumir a minha razão, acho que também não sabes. E talvez, nem tivesse te dado conta.
Penso assim, e assim não pega tão mal para sua não-presença.
Que já não me fazia falta. Que já não é surpresa.
Estou livre de nós, daqueles possíveis nós. Acabou. Defini aqui dentro onde é o seu lugar: fora. Fora da minha vida. Parece que não existe mais sentido pra guardar uma história em uma manga. Não tenho mais medo da vida e não vejo, definitivamente, em você um escudo ou proteção. Nossas fidelidades não são as mesmas. Parecia que o nosso não ia chegar nunca e agora temos o nosso grande divisor de águas.
Na manhã deste domingo já passado, vi na sinceridade de suas palavras a covardia mais pura e doce que existe: a de garotos.
Foi um dia muito importante para nós.
O dia em que finalmente arranquei você de mim. Fechei e tranquei meu portão.
Você não entra mais.
Eu esperei tanto por este momento, mas tanto, que tinha até esquecido da cor e do cheiro mentalmente programados para quando chegasse.
Hoje eu posso dizer com tranquilidade no coração que você não é e nem vai ser a pessoa que eu quero para compartilhar a vida comigo.
Parece que esperei dois anos e muitos relacionamentos dividida entre o você aqui de dentro e as pessoas reais comigo, lá fora. E você, de uma certa forma, sempre ganhava.
Não ganha mais.
Parece que tive que voltar quase dois anos atrás, sentir você de novo com suas desculpas e meus ouvidos alertas. Hoje, muito mais sóbrios e afiados do que já foram.
No domigo de manhã eu te matei, meu anjo.
Eu te matei aqui dentro e te agradeço profundamente.
Tuas palavras escolhidas a dedos me soaram tão opostas daquilo que tenho em mim, daquilo que sou que... que... você me deu uma arma. E desta vez, eu atirei confiante e acertei em cheio.
Não sei quem de fato és e, pelo que conversamos, pelas coisas que eu te disse que fizeram-te assumir a minha razão, acho que também não sabes. E talvez, nem tivesse te dado conta.
Penso assim, e assim não pega tão mal para sua não-presença.
Que já não me fazia falta. Que já não é surpresa.
Estou livre de nós, daqueles possíveis nós. Acabou. Defini aqui dentro onde é o seu lugar: fora. Fora da minha vida. Parece que não existe mais sentido pra guardar uma história em uma manga. Não tenho mais medo da vida e não vejo, definitivamente, em você um escudo ou proteção. Nossas fidelidades não são as mesmas. Parecia que o nosso não ia chegar nunca e agora temos o nosso grande divisor de águas.
Na manhã deste domingo já passado, vi na sinceridade de suas palavras a covardia mais pura e doce que existe: a de garotos.
Foi um dia muito importante para nós.
O dia em que finalmente arranquei você de mim. Fechei e tranquei meu portão.
Você não entra mais.
Construções.
Success is always temporary. When all is said and done, the only thing you'll have left is your character.
~Vince Gill~
~Vince Gill~
Monday
Ida, Vida.
'Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos'
mapa mundi, by thiago pethit.
Se nada mudou com o passar dos anos'
mapa mundi, by thiago pethit.
Tuesday
O Novo.
Esqueceu o jantar com a amiga que mora distante.
Titubeou com o convite do amigo em visita na cidade.
Nao respondeu ao convite da Tia.
Sentou ao sofá.
Leu o longo email vindo de longe. Já fazia uma semana que o esperava.
Permaneceu no sofa.
Atônita, mudada.
Pensou no novo.
Em uma pessoa nova.
Entristeceu-se por o status 'longe'.
Não sabia o que seria.
Do novo, do velho.
Do perto, do longe.
Lembrou das novas risadas descobertas no final de semana.
Lembrou das frustrações das relações a distância de sonhos.
Quase não acreditou em uma palavra bonita destinada a ela naquele email. Vindo de Longe. Duas vidas corridas.
Confundiu três vozes. Não lembrava de uma delas, e isso entristeceu-a.
Até que exterminou a dúvida falando mais alto: 'Invista em você.'
Pensou no novo.
De novo.
Ela.
Titubeou com o convite do amigo em visita na cidade.
Nao respondeu ao convite da Tia.
Sentou ao sofá.
Leu o longo email vindo de longe. Já fazia uma semana que o esperava.
Permaneceu no sofa.
Atônita, mudada.
Pensou no novo.
Em uma pessoa nova.
Entristeceu-se por o status 'longe'.
Não sabia o que seria.
Do novo, do velho.
Do perto, do longe.
Lembrou das novas risadas descobertas no final de semana.
Lembrou das frustrações das relações a distância de sonhos.
Quase não acreditou em uma palavra bonita destinada a ela naquele email. Vindo de Longe. Duas vidas corridas.
Confundiu três vozes. Não lembrava de uma delas, e isso entristeceu-a.
Até que exterminou a dúvida falando mais alto: 'Invista em você.'
Pensou no novo.
De novo.
Ela.
Monday
Saturday
Wednesday
Vidros quebraram lá longe.
Sentia que só faltava um último impulso para ela pular.
Fechou a porta, enquanto dizia a sí mesma: 'parece que estou esperando só algo grande acontecer para me tirar daqui.'
Queria se recolher. Precisava-se e de sí inteira. Queria aconchego e menos preocupação mental. Estava exausta de tanto dar. Semear em terrras inférteis.
Parecia que só estava esperando algo grandioso para tirá-la dali.
Até que a frase caiu-lhe como o impulso necessário:
'Você sabe, ele ...'
Engoliu o choro. Escondeu o nervoso. Uma tremenda tristeza a inundou. Uma enorme raiva de todas as tentativas e sonhos.
Vidros quebraram lá longe.
Calou o grito de dor que precisava sair de dentro.
Só faltava um último impulso para pular.
Recebeu-o. Entendeu-o.
Não tentaria mais nada neste país.
Fechou a porta, enquanto dizia a sí mesma: 'parece que estou esperando só algo grande acontecer para me tirar daqui.'
Queria se recolher. Precisava-se e de sí inteira. Queria aconchego e menos preocupação mental. Estava exausta de tanto dar. Semear em terrras inférteis.
Parecia que só estava esperando algo grandioso para tirá-la dali.
Até que a frase caiu-lhe como o impulso necessário:
'Você sabe, ele ...'
Engoliu o choro. Escondeu o nervoso. Uma tremenda tristeza a inundou. Uma enorme raiva de todas as tentativas e sonhos.
Vidros quebraram lá longe.
Calou o grito de dor que precisava sair de dentro.
Só faltava um último impulso para pular.
Recebeu-o. Entendeu-o.
Não tentaria mais nada neste país.
Sunday
Homemade, Home-mate.
Lembra que a gente encheu a vida de cuidado?
Então:
Sua soul-home-mate apareceu.
De novo.
Então:
Sua soul-home-mate apareceu.
De novo.
Friday
Thursday
Deus - se.
Deu-se conta de onde estava.
Veio das vezes incontáveis que chorou por sua beleza.
Veio de um novo ar, uma nova voz e um novo tom de pele.
Tão-quase igual ao dela e tão novo.
O novo.
Rezava por um lugar novo.
Rezava por uma história nova.
Rezava por Ser você a assumir.
E ela, Dar-se.
Veio das vezes incontáveis que chorou por sua beleza.
Veio de um novo ar, uma nova voz e um novo tom de pele.
Tão-quase igual ao dela e tão novo.
O novo.
Rezava por um lugar novo.
Rezava por uma história nova.
Rezava por Ser você a assumir.
E ela, Dar-se.
Tuesday
Uma sábia de saia que sabia.
No quarto todo branco, somente um espelho.
Ela entra, olha fundo naqueles olhos, e diz:
'Sabe de uma coisa?
Tá na hora da gente começar a brincar de vida própria.'
Ela entra, olha fundo naqueles olhos, e diz:
'Sabe de uma coisa?
Tá na hora da gente começar a brincar de vida própria.'
Monday
Saturday
O Jardim da cada um.
Hoje eu quase vi você na rua. E nessa hora, meu coração veio na boca.
ela, 26 anos, Brasil.
Semana passada eu vi o amor da minha vida passar ali na praça.
ele, 87 anos, Argentina.
ela, 26 anos, Brasil.
Semana passada eu vi o amor da minha vida passar ali na praça.
ele, 87 anos, Argentina.
Monday
Sunday
Apaixonada pela idéia.
Foi assim que acordei hoje, ao meio-dia, depois de sonhar longas horas com você.
Você que estava lendo um livro e eu te interrompia com um beijo na bochecha, bem forte. Logo em seguida dizia: 'desculpe, mas queria tanto fazer isso...'.
Sonhei com o nosso primeiro beijo e passei o dia com seu gosto. Um sabor imaginado por mim, um toque imaginado por mim, uma história bonita imaginada por mim e o melhor: você não faz nem idéia disso, nem em sonho e nem aqui no mundo real.
Hoje eu passei o dia inteiro em você inteiro. Apaixonada pela idéia de que você se apaixone por mim, e me cuidando. No meio de 24 horas, decidi duas coisas muito importantes.
Hoje foi um dia feliz porque fiz exatamente o que me propus, o que queriae mesmo fazer. O primeiro de uma série de estar Comigo e aceitar minha vida como Eu a quero.
Já te disse alguma vez que Me inspiras e faz-me bem?
Pois bem.
Você que estava lendo um livro e eu te interrompia com um beijo na bochecha, bem forte. Logo em seguida dizia: 'desculpe, mas queria tanto fazer isso...'.
Sonhei com o nosso primeiro beijo e passei o dia com seu gosto. Um sabor imaginado por mim, um toque imaginado por mim, uma história bonita imaginada por mim e o melhor: você não faz nem idéia disso, nem em sonho e nem aqui no mundo real.
Hoje eu passei o dia inteiro em você inteiro. Apaixonada pela idéia de que você se apaixone por mim, e me cuidando. No meio de 24 horas, decidi duas coisas muito importantes.
Hoje foi um dia feliz porque fiz exatamente o que me propus, o que queriae mesmo fazer. O primeiro de uma série de estar Comigo e aceitar minha vida como Eu a quero.
Já te disse alguma vez que Me inspiras e faz-me bem?
Pois bem.
Thursday
eu vou.
voltar a ler.
voltar à literatura.
voltar à casa.
ficar quieta.
ficar sozinha aqui dentro.
ouvir músicas calmas.
acender as luzes da sala.
voltar a editar.
voltar a fotografar.
voltar a escrever.
voltar a ver filmes.
voltar a roteirizar.
voltar a pesquisar.
voltar a navegar.
voltar a gargalhar.
voltar às relações leves e inteligentes.
voltar a trocar.
voltar ao pilates.
voltar a correr.
voltar ao meu bairro de origem.
eu vou voltar à mim.
voltar à literatura.
voltar à casa.
ficar quieta.
ficar sozinha aqui dentro.
ouvir músicas calmas.
acender as luzes da sala.
voltar a editar.
voltar a fotografar.
voltar a escrever.
voltar a ver filmes.
voltar a roteirizar.
voltar a pesquisar.
voltar a navegar.
voltar a gargalhar.
voltar às relações leves e inteligentes.
voltar a trocar.
voltar ao pilates.
voltar a correr.
voltar ao meu bairro de origem.
eu vou voltar à mim.
never change, never change, never change.
ELE
ME
MATA
DE - VA - GAR.
me mata no repeat das melhores músicas. na batida de lcd soundsystem. no volume alto. no email sincero. no não-email. no email confessando. no email contando. no email lá longe. tá perto. claro. me mata devagarzinho há dois anos. me mata mesmo em lugares onde não existem segundas-feiras.
ME
MATA
DE - VA - GAR.
me mata no repeat das melhores músicas. na batida de lcd soundsystem. no volume alto. no email sincero. no não-email. no email confessando. no email contando. no email lá longe. tá perto. claro. me mata devagarzinho há dois anos. me mata mesmo em lugares onde não existem segundas-feiras.
Monday
Saturday
Monday
Wednesday
Monday
For those forever ending stories.
'eu super acho uma pena. super, mesmo. uma pena. você não?
'eu acho também.
"então tá. bom, que bom... pelo menos isso, né?
www.theforeverendingstory.com
'eu acho também.
"então tá. bom, que bom... pelo menos isso, né?
www.theforeverendingstory.com
Sunday
Permanência.
Ah, esta doce permanência que é a continuidade da condição humana, suspensa entre o céu e o inferno...
pict: we heart it
pict: we heart it
Saturday
é só um café.
acabei de magoar profundamente uma das pessoas mais importantes da minha vida.
ter ouvido sua voz assim, quase em tom de morte... (...) parecia que alguém tinha morrido.
minhã mãe me manda um sms triste, eu ligo e respondo de voz rouca. estou doente de uma semana que veio intensa. ela não tem culpa, e muito menos da minha decisão de só contar minhas decisões quando elas realmente São.
estou doente de uma semana que veio intensa, que eu vivi minha vida sem dar satisfações, sem pedir opiniões, justamente porque queria certezas vindas de finais de processos.
domingo a chuva caiu com gosto de calda de goiaba e cor de coração na mão. segunda entendi que ele ainda gostava e estava tremendamente chateado. terça falei das artes e ouvi outros envolvimentos. quarta dei parabéns e dela ouvi sobre o susto que meu comportamento plácido causa: do nada, explode em declarações de alegria ou tristeza, vindos sempre intensos e sem claquete. quinta mandei um email final, assertivamente visceral. quinta de noite minha filosofia e amor chegaram em forma de luminoso, e eu me pus no chão da sala, como uma Stella de Leuven na mão e um orgulho de Peito, a observar. sexta eu saí mais cedo para iniciar um novo negócio.
e de noite magoei profundamente minha mãe por ter passado as duas últimas semanas sem querer (me) dividir.
não tenho novidades concretas, além de um monte de planos, vontades e esperanças. então dei boas vindas ao espírito do desapego, daqueles que aparentemente só os homens solteiros tem.
a minha vantagem é que isso dura pouco, o tempo de uma semana.
a minha vantagem é que meu corpo fala e que fico doente. daí ele grita: "Pára!"
sua voz parecia o anúncio de que algo havia morrido.
eu acabei de magoar profundamente a pessoa que mais me ama por conta de meu comportamento individualista e aventureiro. 'someone who needs somewhere to long for', a vontade de sempre me por à prova.
porque eu não quero contar o que ainda não é. porque domingo ouvi que seria melhor baixar minhas expectativas, e fez todo o sentido. e foi com essa frase que fechei minha noite e abri minha semana de 'no strings attached'.
just to re-attach myself.
mas agora, em uma sexta-feira calma, de uma semana de resoluções, finais concluídos e posicionados por mim mesma, anunciando um sábado e mais um domingo de árduos trabalhos internos e externos... eu lembro de uma conclusão. de uma frase. de uma situação histórica que evitou uma grande guerra que envolvia a maior potência mundial:
'Só um café.'
é o tempo necessário para só uma pergunta, e só uma resposta.
é só um café.
se eu tivesse nos dado o tempo de 60ml, eu não nos teria magoado tanto.
ter ouvido sua voz assim, quase em tom de morte... (...) parecia que alguém tinha morrido.
minhã mãe me manda um sms triste, eu ligo e respondo de voz rouca. estou doente de uma semana que veio intensa. ela não tem culpa, e muito menos da minha decisão de só contar minhas decisões quando elas realmente São.
estou doente de uma semana que veio intensa, que eu vivi minha vida sem dar satisfações, sem pedir opiniões, justamente porque queria certezas vindas de finais de processos.
domingo a chuva caiu com gosto de calda de goiaba e cor de coração na mão. segunda entendi que ele ainda gostava e estava tremendamente chateado. terça falei das artes e ouvi outros envolvimentos. quarta dei parabéns e dela ouvi sobre o susto que meu comportamento plácido causa: do nada, explode em declarações de alegria ou tristeza, vindos sempre intensos e sem claquete. quinta mandei um email final, assertivamente visceral. quinta de noite minha filosofia e amor chegaram em forma de luminoso, e eu me pus no chão da sala, como uma Stella de Leuven na mão e um orgulho de Peito, a observar. sexta eu saí mais cedo para iniciar um novo negócio.
e de noite magoei profundamente minha mãe por ter passado as duas últimas semanas sem querer (me) dividir.
não tenho novidades concretas, além de um monte de planos, vontades e esperanças. então dei boas vindas ao espírito do desapego, daqueles que aparentemente só os homens solteiros tem.
a minha vantagem é que isso dura pouco, o tempo de uma semana.
a minha vantagem é que meu corpo fala e que fico doente. daí ele grita: "Pára!"
sua voz parecia o anúncio de que algo havia morrido.
eu acabei de magoar profundamente a pessoa que mais me ama por conta de meu comportamento individualista e aventureiro. 'someone who needs somewhere to long for', a vontade de sempre me por à prova.
porque eu não quero contar o que ainda não é. porque domingo ouvi que seria melhor baixar minhas expectativas, e fez todo o sentido. e foi com essa frase que fechei minha noite e abri minha semana de 'no strings attached'.
just to re-attach myself.
mas agora, em uma sexta-feira calma, de uma semana de resoluções, finais concluídos e posicionados por mim mesma, anunciando um sábado e mais um domingo de árduos trabalhos internos e externos... eu lembro de uma conclusão. de uma frase. de uma situação histórica que evitou uma grande guerra que envolvia a maior potência mundial:
'Só um café.'
é o tempo necessário para só uma pergunta, e só uma resposta.
é só um café.
se eu tivesse nos dado o tempo de 60ml, eu não nos teria magoado tanto.
Thursday
um monte delas. e só uma.
a começar e finalizar por você:
coisas.
semana.
lógica.
conceito.
e só um contexto.
coisas.
semana.
lógica.
conceito.
e só um contexto.
Tuesday
Center of Gravity
eu entendo, eu respeito, eu entendo, eu te alivio, eu te curo, eu evito, eu me retiro, eu te retiro, eu falo pouco, eu falo tudo, eu falo em siglas, eu ouço, eu agradeço, eu encurto, eu encurto, eu termino, eu me retiro, eu projeto, eu concluo, eu me evito, eu não entro mais, eu não penso, eu distraio, eu entendo, eu respeito, eu entendo, eu te alivio, eu te curo, eu evito, eu penso, eu desconforto, eu troco, eu substituo, eu procuro, eu procuro, eu procuro, eu desculpo, eu não entro, eu não quero, eu minto, eu não vejo, eu não sinto, eu não amo, eu não arrisco, eu não corro risco,
eu te alivio
eu te curo
mas eu quero
me desculpa.
mas eu quero.
eu te alivio
eu te curo
mas eu quero
me desculpa.
mas eu quero.
Monday
Quando 1939 pode fazer sentido em 2010.
" (...) São contornos nítidos, dando a impressão perfeita da distância que separa um objeto do outro."
Tarsila do Amaral.
Tarsila do Amaral.
Sunday
Nascemos quando nos permitimos morrer.
'Nossa casa ficava perto da estação Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente minhas tranças de menina, deitei debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me a impressão de delírio e loucura. E eu via cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação.
Voltei decidida a me dedicar à pintura."
Anita Malfatti.
Voltei decidida a me dedicar à pintura."
Anita Malfatti.
Friday
E daí alguém pega na sua mão.
Recebi um email bonito hoje de manhã, enviado por ela, igualmente amada, que me ouve quase todos os dias.
Em uma sexta-feira de ansiedades, decisões e projeções, lembro-me claramente de uma outra amiga minha, americana, ter me pedido um dia "Could you hold my hand, Julia?" e oferecido sua mão. Quando o fiz, ela falou por entre os lábios: "Thank you'.
O legal de morar fora e falar outra lingua é que você acaba entendendo, de fato, a outra lingua. Ressignificando expressões que estavam ali fazendo parte do seu cotidiano nacional e da forma mais banal possível e, quando volta, passa a ver o seu mundo e relacionamentos com outros olhos.
E esta, é minha visão literal de encontros e afinidades de relações ao longo da vida:
"Hold my hand.", "I wanna hold your hand."
Acho sim que no final do dia, é o que a gente quer. É só o que a gente quer. Fisicamente. Emocionalmente. Passamos a vida inteira procurando por isso.
Imagine que a vida é um grande círculo e você está caminhando por dentro dele. Existem mais de 400 pessoas ali. E então você caminha lentamente, passando uma a uma, olhando nos olhos para ver quem olha profundo assim também, e de volta. Às vezes encontramos olhares. Às vezes encontramos mãos. Às vezes ficam. E às vão.
'Hang loose.'ou 'Let it go.'
Ao encontrar, não tente arrastar. Além de um esforço extremo e dores nos braços, só estaremos tirando a pessoa do seu próprio círculo e ritmo. Até chatear-nos e andarmos cabisbaixos e cansados por mais uma ou duas voltas, deixando de olhar mais 400 ou 800 pessoas.
'Don't settle. You've got to find what you love.'
Mas daí alguém pega na sua mão. E é tão leve e natural, tão orgânico e fluido, que dá pra seguir junto. O círculo vira um passeio. Um passeio vira uma viagem. Uma viagem vira uma vida de descobertas e caminhos. Simples, lado a lado.
Ao lado.
É disso que sou a favor, em absloutamente todas as minhas manifestações.
Não quero frentes. Não quero o dentro, a mescla. O de cima, o de baixo, o de fora. Não quero o atrás. Não quero fusões.
O lado.
Porque é só assim que conseguimos dar e segurar vossas mãos.
E daí, quando recebo um email com uma imagem assim, em uma sexta-feira de ansiedades, decisões e projeções, eu lembro de todas as escolhas que fiz quando caminhava pelo meu círculo.
E as que ficaram, escolhas sólidas como esta, me fazem reassegurar quem eu sou.
From little gestures, big things grow.
And you are loved, wherever you are.
Wednesday
Tremendamente errada.
Alguma coisa estava tremendamente errada.
Acordou e não sentiu seus pés. Colocou-os no chão, mas como nada sentia, não sabia se aquilo era 'chão'.
Arrastou-se de joelhos por uma superfície aparentemente líquida.
(Seriam suas próprias lágrimas derramadas enquanto dormia?)
Vindo do Térreo, o som seco e ruidoso da voz de Elis alcançava seus ouvidos.
Tremendamente errada, alguma coisa estava tremendamente errada.
Acordou e não sentiu seus pés. Colocou-os no chão, mas como nada sentia, não sabia se aquilo era 'chão'.
Arrastou-se de joelhos por uma superfície aparentemente líquida.
(Seriam suas próprias lágrimas derramadas enquanto dormia?)
Vindo do Térreo, o som seco e ruidoso da voz de Elis alcançava seus ouvidos.
Tremendamente errada, alguma coisa estava tremendamente errada.
All we want.
And then we got back to London.
Just like religion or faith, we'd always come back.
Meet The Church of London.
Tuesday
Time [went by in a] Sheet.
Saturday, 3PM.
Pitch Rehearsal
Total time spent: 30%
(that was the afternoon you started leaving me)
Monday, 11AM.
Pitch Results
Total time spent: 5%
(that was the morning you didn't answered me)
Wednesday, 6PM.
New Pitch Brief
Total time spent: 13%
(that was the afternoon I was sure)
Friday, 8AM.
Pitch Presentation
Total time spent: 40%
(that was the morning I took your things out of my house)
Saturday, 3PM.
Enhancing Self Steam
Total time spent: 12%
(that was the afternoon I realized I was absolutely satisfied with myself)
Pitch Rehearsal
Total time spent: 30%
(that was the afternoon you started leaving me)
Monday, 11AM.
Pitch Results
Total time spent: 5%
(that was the morning you didn't answered me)
Wednesday, 6PM.
New Pitch Brief
Total time spent: 13%
(that was the afternoon I was sure)
Friday, 8AM.
Pitch Presentation
Total time spent: 40%
(that was the morning I took your things out of my house)
Saturday, 3PM.
Enhancing Self Steam
Total time spent: 12%
(that was the afternoon I realized I was absolutely satisfied with myself)
Wednesday
strawberry lemonade
outro dia, vendo um filme, cheguei à uma conclusão: preciso, como nunca, ver o nascer de um dia. acordar para viver o nascer do sol. numa montanha distante, de preferência.
é isso. estamos no inverno. e não há nada como respirar um ar frio que tudo limpa, tendo um ventinho gelado para beijar as bochechas e a ponta do nariz.
é isso. estamos no inverno. e não há nada como respirar um ar frio que tudo limpa, tendo um ventinho gelado para beijar as bochechas e a ponta do nariz.
Tuesday
Monday
Friday
Cinzas.
Acordou com uma leve tristeza à seu lado naquela manhã.
Abriu os olhos, fitou o teto em silêncio. Algo estava estranho dentro dela. Não soube identificar. Olhou o relógio, dez e meia, precisava sair da cama.
Enquanto andava pelos corredores da casa, planejava seu dia: compraria tintas, faria ligações, passaria para dar um beijo em sua mãe, veria um novo apartamenteo, chegaria ao trabalho, provavelmente falaria com algumas pessoas, trabalharia eficientemente e voltaria feliz à casa.
Mas acordou com uma leve tristeza à seu lado naquela manhã.
Na loja de tintas percebeu que algo lhe faltava. Uma sensação de perda descabida para a situação. Um gosto estranho veio à boca. Parecia alumínio, não soube identificar. Sentiu-se tonta, questionou saudades, desconsiderou gravidez, lembrou da noite anterior. "Deve ser o vinho.", pensou.
- Quanto foi?
- Cento e vinte e sete reais, senhora.
- Obrigada.
Desceu sua antiga rua, no seu antigo bairro. Aquele gosto, ainda. Estacionou o carro em sua antiga garagem, sentou-se à mesa, tomou café da manhã, sorriu, contou, beijou a mãe e saiu.
- Chego aí à uma, ok?
- Sim, estarei te esperando. Nós vamos ver o décimo quinto andar, conforme você me solicitou.
Queria voltar ao alto. A vida inteira morou no topo. Mas quando entrou ali, naquele pequeno apartamente de imenso vazio, quis agradecer internanemte por sua casa atual, quis abraçar-se por inteira. Se dar a mão.
Mas havia esquecido que, naquela manhã, quem acordara à seu lado para dar as mãos havia sido uma leve tristeza.
De volta ao carro, fechou apressadamente a porta e o ligou. Queria ligar, e não iria. Queria contar e não havia para quem. Queria dividir e não sabia porque. Queria um abraço e não sabia por quê. Só. Era só um pequenino apartamento. Mas aquela experiência revelou que algo grande parecia morar dentro dela, desde aquela manhã.
A cidade estava tranquila. Seu coração, apressado. Aquele gosto na boca, ainda. Quando chegou ao trabalho, notou que tinha um furo no estômago. Não tinha fome. Não tinha reação. Mas tinha um grande vazio.
Não havia um por quê claro: a noite anterior havia sido extremamente calma e agradável. O dia anterior havia usado para redecorar toda sua casa. Queria o novo. Sua sala. Seus sofás. Seus aconchegos. Tv. Dvds. Caixas. 'Era tão metódico que guardava seus sentimentos em caixinhas.' lembrou da frase inventada por ela mesma.
Quanto mais as horas passavam, mais o gosto acentuava. Arrastou-se à garagem quando o relógio avisou oito da noite. Sua casa. Acendeu as luzes, ligou a Tv, estava orgulhosa daquela mudança.
Mas algo estava do seu lado, ainda. Aquele gosto, ainda. Disfarçando, ainda. Flertou em sms, ligou para a amiga, comeu algo e... nada.
Tentou de tudo. E tudo estava igual.
Alumínio. Amargo. Furo. Uma superfície lisa e sem perspectivas. Morta. Frio. Branco, muito branco.
Era assim que tateava uma descrição sobre o que estava ali dentro.
Foi quando abriu a geladeira e se deu conta.
Entendeu porque acordou com a tristeza à seu lado naquela manhã. Entendeu o gosto amargo. Entendeu o desânimo sem motivos. Entendeu seu olhar acinzentado para seu dia.
Porque tudo fez sentido ao ver o lindo e dourado pote de Geléia de Rosas libanesa.
Rosas. Flores.
Fechou a geladeira. Voltou ao sofá. Desligou a televisão. Respirou fundo.
Silêncio.
Naquela quarta-feira de cinzas, havia vivido um luto muito importante.
Porque nos últimos dias, havia enterrado vocês.
Abriu os olhos, fitou o teto em silêncio. Algo estava estranho dentro dela. Não soube identificar. Olhou o relógio, dez e meia, precisava sair da cama.
Enquanto andava pelos corredores da casa, planejava seu dia: compraria tintas, faria ligações, passaria para dar um beijo em sua mãe, veria um novo apartamenteo, chegaria ao trabalho, provavelmente falaria com algumas pessoas, trabalharia eficientemente e voltaria feliz à casa.
Mas acordou com uma leve tristeza à seu lado naquela manhã.
Na loja de tintas percebeu que algo lhe faltava. Uma sensação de perda descabida para a situação. Um gosto estranho veio à boca. Parecia alumínio, não soube identificar. Sentiu-se tonta, questionou saudades, desconsiderou gravidez, lembrou da noite anterior. "Deve ser o vinho.", pensou.
- Quanto foi?
- Cento e vinte e sete reais, senhora.
- Obrigada.
Desceu sua antiga rua, no seu antigo bairro. Aquele gosto, ainda. Estacionou o carro em sua antiga garagem, sentou-se à mesa, tomou café da manhã, sorriu, contou, beijou a mãe e saiu.
- Chego aí à uma, ok?
- Sim, estarei te esperando. Nós vamos ver o décimo quinto andar, conforme você me solicitou.
Queria voltar ao alto. A vida inteira morou no topo. Mas quando entrou ali, naquele pequeno apartamente de imenso vazio, quis agradecer internanemte por sua casa atual, quis abraçar-se por inteira. Se dar a mão.
Mas havia esquecido que, naquela manhã, quem acordara à seu lado para dar as mãos havia sido uma leve tristeza.
De volta ao carro, fechou apressadamente a porta e o ligou. Queria ligar, e não iria. Queria contar e não havia para quem. Queria dividir e não sabia porque. Queria um abraço e não sabia por quê. Só. Era só um pequenino apartamento. Mas aquela experiência revelou que algo grande parecia morar dentro dela, desde aquela manhã.
A cidade estava tranquila. Seu coração, apressado. Aquele gosto na boca, ainda. Quando chegou ao trabalho, notou que tinha um furo no estômago. Não tinha fome. Não tinha reação. Mas tinha um grande vazio.
Não havia um por quê claro: a noite anterior havia sido extremamente calma e agradável. O dia anterior havia usado para redecorar toda sua casa. Queria o novo. Sua sala. Seus sofás. Seus aconchegos. Tv. Dvds. Caixas. 'Era tão metódico que guardava seus sentimentos em caixinhas.' lembrou da frase inventada por ela mesma.
Quanto mais as horas passavam, mais o gosto acentuava. Arrastou-se à garagem quando o relógio avisou oito da noite. Sua casa. Acendeu as luzes, ligou a Tv, estava orgulhosa daquela mudança.
Mas algo estava do seu lado, ainda. Aquele gosto, ainda. Disfarçando, ainda. Flertou em sms, ligou para a amiga, comeu algo e... nada.
Tentou de tudo. E tudo estava igual.
Alumínio. Amargo. Furo. Uma superfície lisa e sem perspectivas. Morta. Frio. Branco, muito branco.
Era assim que tateava uma descrição sobre o que estava ali dentro.
Foi quando abriu a geladeira e se deu conta.
Entendeu porque acordou com a tristeza à seu lado naquela manhã. Entendeu o gosto amargo. Entendeu o desânimo sem motivos. Entendeu seu olhar acinzentado para seu dia.
Porque tudo fez sentido ao ver o lindo e dourado pote de Geléia de Rosas libanesa.
Rosas. Flores.
Fechou a geladeira. Voltou ao sofá. Desligou a televisão. Respirou fundo.
Silêncio.
Naquela quarta-feira de cinzas, havia vivido um luto muito importante.
Porque nos últimos dias, havia enterrado vocês.
Thursday
Wednesday
Monday
Enquanto você ia.
Sua família estava à minha volta.
Naquela tarde, eu era o elo entre você e eles. Uma ponte que não quis queimar porque estávamos famintos e curiosos demais por este momento.
Era eu quem havia passado os últimos 240 dias com você.
Era eu quem até então tinha o privilégio quase exclusivo de suas risadas, sonhos e de sonhar junto, quando você deixava.
Naquela tarde de maio, fomos muito mais que namorados. Fui irmã. Companheira. Parceira. Alguém da família, daquelas pessoas que a gente leva no coração porque confia e conhece muito bem.
E talvez eu tenha sido recebida assim justamente porque você estava bem aconchegado no meu, mesmo enquanto você ia.
Seus pais devem ter percebido.
Assim que você atravessou aquele portão, enquanto ainda andava em direção à luz branca da Imigração, enquanto eu ainda assistia sua ida, sua mãe pegou na minha mão.
Família, enfim. A sua, enfim. Você indo, enfim.
Alívio.
Era um ciclo que fechava. Eu havia cumprido minha missão. Com as lágrimas prestes a escorrer dos olhos e o louvor inchando o coração, aquilo era o final que tanto pintei.
Hoje entendo o que estava acontecendo. Era muito mais que uma despedida. Era uma atenção e um carinho que iam, para que outras pessoas aqui se juntassem. Era o meu 'muito obrigada' à seus pais, por terem feito você ser tão você. Era o 'muito obrigada' deles à mim, por eu ter feito você ser tão você.
Era o meu 'muito obrigada' por ter me permitido viver uma morte anunciada. E superá-la algum tempo depois.
"Venha no domingo seguinte, Ju."
Nunca voltei.
Preferi guardar intacta aqui dentro essa memória bonita, de uma ida tranquila, de uma morte sabida, de uma história vivida.
Ida.
[a imagem vem daqui]
Friday
i know you do.
Sunday
Condições Ideais.
Não que ela não gostasse. Mas haviam indícios físicos de que algo estava errado. Não se sentia a vontade quando ouvia ´te adoro,te adoro e te adoro mais ainda!´ nas manhãs de sábado. Não se sentia sincera quando dizia que tudo estava nas condições ideais de temperatura e pressão.
Porque, de fato, não estava.
Existia muito sobre ambos ali. Todas as coincidências, o amor pelas mesmas cidades, a vontade de [voltar a] morar fora do país. As músicas, as artes e as lojas. Mas não os valores.
Parecia que ambos tentavam remontar uma história que já não havia dado certo com outras pessoas. Parecia a situação ideal somente para darem o troco ao passado, esfregando na cara de quem se foi que, sim, ´nós iríamos´!
Optaram por uma determinada estrada, com terras distantes e promissoras.
Mas algo a dizia que não gostaria tanto assim da viagem. E o que estava errado era claro: não existia capacidade suficiente no pequenino carro que também escolheram juntos.
A vontade aparente de ambos, em percorrer no mínimo mais uns 5000km juntos, fez com que colocassem gasolina demais no tão virgem e frágil tanque.
E por isso explodiram, rasgando o céu estrelado daquela noite.
Enquanto ela explodia e subia aos céus, tamanha a força de seu impacto, ele logo queimou-se em seu próprio fogo. Não saiu do chão. Feito papel, e frágil como tal, atrofiou- se em sí mesmo, tornou-se negro, carbonizou. Súbito e rápido.
Somente depois de dois dias ela caiu por terra novamente, e foi quando encontrou suas cinzas. Aliviada de vê-las, permitiu-se derramar uma lágrima.
Havia acabado, e ela estava salva.
Há quem diga que junto às cinzas dele, uma frase desestruturada também sujava o chão: ´tenho Eu não mais pedir nada se a te desculpas pedir além.'
Há quem diga que a frase estava lá pois foi seu único escudo, a única coisa em que ele pode segurar para se defender do fogo feminino que viria. E, ao perceber a força daquela iminente explosão, apavorou-se e espremeu sua única proteção até deixá-la embaralhada, igualzinho um espelho de suas emoções.
Ninguém nunca mais pisou naquele terreno queimado.
A atrocidade da explosão fora tamanha que hoje a infertilidade é a única que suporta residir ali.
E ela?
Ela, que sabia existir algo de errado naquela relação, denunciado pela falta de seu fogo de amor em relação à ele, quando passa por aquele deserto com seu carro novo, faz questão de parar por alguns instantes e admirar o que restou da noite da destruição.
E, como um espelho da alma, seus olhos se enchem novamente de lágrimas de alívio.
É assim, instintivamente, que ela agradece por hoje ser incapaz de gestar uma nova vida a dois nos mesmos moldes que tinha este terreno. Por mais verdes, atrativos e promissores que os futuros pareçam.
Porque hoje ela sabe quais são suas condições ideais.
pictured by myself.
Porque, de fato, não estava.
Existia muito sobre ambos ali. Todas as coincidências, o amor pelas mesmas cidades, a vontade de [voltar a] morar fora do país. As músicas, as artes e as lojas. Mas não os valores.
Parecia que ambos tentavam remontar uma história que já não havia dado certo com outras pessoas. Parecia a situação ideal somente para darem o troco ao passado, esfregando na cara de quem se foi que, sim, ´nós iríamos´!
Optaram por uma determinada estrada, com terras distantes e promissoras.
Mas algo a dizia que não gostaria tanto assim da viagem. E o que estava errado era claro: não existia capacidade suficiente no pequenino carro que também escolheram juntos.
A vontade aparente de ambos, em percorrer no mínimo mais uns 5000km juntos, fez com que colocassem gasolina demais no tão virgem e frágil tanque.
E por isso explodiram, rasgando o céu estrelado daquela noite.
Enquanto ela explodia e subia aos céus, tamanha a força de seu impacto, ele logo queimou-se em seu próprio fogo. Não saiu do chão. Feito papel, e frágil como tal, atrofiou- se em sí mesmo, tornou-se negro, carbonizou. Súbito e rápido.
Somente depois de dois dias ela caiu por terra novamente, e foi quando encontrou suas cinzas. Aliviada de vê-las, permitiu-se derramar uma lágrima.
Havia acabado, e ela estava salva.
Há quem diga que junto às cinzas dele, uma frase desestruturada também sujava o chão: ´tenho Eu não mais pedir nada se a te desculpas pedir além.'
Há quem diga que a frase estava lá pois foi seu único escudo, a única coisa em que ele pode segurar para se defender do fogo feminino que viria. E, ao perceber a força daquela iminente explosão, apavorou-se e espremeu sua única proteção até deixá-la embaralhada, igualzinho um espelho de suas emoções.
Ninguém nunca mais pisou naquele terreno queimado.
A atrocidade da explosão fora tamanha que hoje a infertilidade é a única que suporta residir ali.
E ela?
Ela, que sabia existir algo de errado naquela relação, denunciado pela falta de seu fogo de amor em relação à ele, quando passa por aquele deserto com seu carro novo, faz questão de parar por alguns instantes e admirar o que restou da noite da destruição.
E, como um espelho da alma, seus olhos se enchem novamente de lágrimas de alívio.
É assim, instintivamente, que ela agradece por hoje ser incapaz de gestar uma nova vida a dois nos mesmos moldes que tinha este terreno. Por mais verdes, atrativos e promissores que os futuros pareçam.
Porque hoje ela sabe quais são suas condições ideais.
pictured by myself.
Wednesday
'Acho que nunca fiquei tão triste'
Poderia ser o nome desse texto.
Mas ele não seria verdade.
Não seria verdade porque a gente sempre acha que será a última das vezes que vamos sofrer, de tão cruel e avassalador que é o sentimento. Mas, surpresa: depois de um ano e meio, lá está você de novo com o coração na mão e um sapo na garganta.
"Acho que nunca fiquei tão triste", disse a ela naquela noite, enquanto me afogava em uma garrafa de vinho tinto, sabendo que na manhã seguinte correríamos a Maratona do Pão de Açúcar. E disse também algumas outras vezes, e repetindo doses e taças, para algumas outras pessoas que sabiam de toda a história.
"Não, não estou acreditando.... não é possível!"
"Sim, é sim, ele fez..."
Fim de ano. Eu sempre limpo minhas gavetas no trabalho, deleto tudo aquilo que não vou precisar, organizo meu itunes, recarrego meu ipod e daí, chega a hora. Não a hora de ir embora - até porque adoraria fazer isso neste minuto - mas a hora de deletar emails.
Curiosamente desenvolvi um hábito de fazer essa rapa a cada seis meses (ou então era o espírito europeu antecipando aquela praticidade e leveza que eu voltaria em agosto), logo, a dor do alívio e do desapego não foi tamanha.
Mas acabei de reler por volta de 200 emails que pontuavam (ou baseavam) uma história-de-sonhos. Era uma história simples assim: ele era homem da minha vida, eu só não sabia que ela mudaria tanto.
Uma história bonita e volátil como adicionar ou deletar alguém numa rede social.
Ahm-ham, assim mesmo.
Li por volta de 200 emails viscerais que me despertaram uma quase raiva, mascarada de um manso desinteresse e um breve suspiro de alívio com aquele tom blasé de 'tudo-bem-acabou-o-ano-mesmo'.
Paralelo a isso, li uns 100 que viriam a 'me salvar' sem eu mesmo saber.
Todo ano é assim.
No final de 2008 eu gostava tanto de uma pessoa, mas tanto, que não tinha vontade e coragem nem de sair na rua, só 'porque não era boa o suficiente para ele e nem para ninguém.'
Até que me enfiei no meio das artes e vi que a vida é muito - mas muito - além do photoshop.
E voltei a correr de novo.
No final de 2009, quando olho para trás, fico satisfeita. Mudei de casa, voltei a comer, conheci muita gente bacana e outras nem tanto, fiz a viagem dos meus sonhos, descobri que amo muito mais do que imaginava, fiz uma tatuagem com duas pessoas especiais, me encaminhei profissionalmente, fiz minha primeira exposição e do jeitinho que queria e... reli 200 emails que me fazem quase desacreditar nos seres humanos.
Mas que por outro lado, dão o toque final para a época do ano, como um exorcismo, sabendo que os ler hoje tem um significado muito maior do que palavras bonitas e histórias-de-sonho. Hoje, eles me dizem mais ou menos assim:
"Não perca o foco. Você sabe exatamente que tipo de gente e situação merece, o que tem, o que pode, e quem é."
E essa é a informação suficiente para terminarmos 2009.
Feliz ano novo.
Este, foi um prazer.
(A imagem é uma foto tirada em Londres, por um amigo que diz: 'Londres, Europa e Obey são sempre a sua cara.' E eu amo acreditar nele.)
Tuesday
Monday
Tuesday
súbito
acabo de alugar um apartamento genial.
acabo de pagar a viagem dos meus sonhos: um mês na europa.
mas me deu um medo súbito de não querer voltar para o Brasil.
acabo de pagar a viagem dos meus sonhos: um mês na europa.
mas me deu um medo súbito de não querer voltar para o Brasil.
Friday
Sirota.
I s p e n d m o s t o f m y l i f e i n c o n s t a n t d e n i a l , n o t w a n t i n g t o k n o w w h o I a m.
I d o o n t h e o t h e r h a n d d e s i r e k n o w l e d g e - t h a t s p e c i a l t h i n g t h a t t e l l s
m e h o w t o e s c a p e a n d w h e r e t o e s c a p e t o.
eu sou completamente apaixonada pelo trabalho da peggy sirota. sempre fui, sempre serei. acho, aliás, que o trabalho dela vai muito além de uma foto ou um filme que nos faça chorar por dentro. peggy sirota é um estado de espírito.
que eu tento alcancá-lo em quase tudo o que faço, escrevo, produzo. mesmo que quase não fale mais seu nome diariamente.
é aquela aura de emoção que paira no ar depois que acaba o momento de ação.
isso, senhoras e senhores, é peggy sirota. and you might see it for yourself.
I d o o n t h e o t h e r h a n d d e s i r e k n o w l e d g e - t h a t s p e c i a l t h i n g t h a t t e l l s
m e h o w t o e s c a p e a n d w h e r e t o e s c a p e t o.
eu sou completamente apaixonada pelo trabalho da peggy sirota. sempre fui, sempre serei. acho, aliás, que o trabalho dela vai muito além de uma foto ou um filme que nos faça chorar por dentro. peggy sirota é um estado de espírito.
que eu tento alcancá-lo em quase tudo o que faço, escrevo, produzo. mesmo que quase não fale mais seu nome diariamente.
é aquela aura de emoção que paira no ar depois que acaba o momento de ação.
isso, senhoras e senhores, é peggy sirota. and you might see it for yourself.
Wednesday
Tuesday
Friday
start another fire.
eu quero passar a noite inteira beijando você. enroscados como se fossemos um só. uma balé de braços, abraços, dedos, beijos, amores.
eu quero passar o resto da minhas noites, até você voltar para sua vida-real, beijando você. de novo, de novo e de novo.
Tuesday
simples.
precisei perder o que parecia ser um monte. descobri que não era tanto assim.
aprendi a dizer não.
aprendi a dizer sim.
perguntei.
ouvi "não sei".
engoli. andei pra frente. tropecei. escorreguei. levantei, corri, alcancei. foi um bom ano.
entre rezas, crenças, mães-de-santo, religiões, psicanalistas freudiana, jungiana e remédios.
descobri que a melhor e a pior dieta é a ansiedade. não recomendo. foram longos oito meses nela.
pensei em estudar fora, fui fazer entrevista para pós.
descobri que nunca estive tão no meu rumo profisssional como agora.
me declarei em show de rock, esperneei na cama e solucei pedindo para ficar.
parei de beber. deixei de lado alguns vícios mentais.
hoje tenho mais certezas.
tive duas histórias lindas que cortaram meu coração.
mas conheci pessoas dignas de se manter no coração.
revi minha família, meus amigos mais íntimos.
reli minha certidão de nascimento.
comprei presentes.
não deixei de dizer que gosto, e porque gosto. mesmo que não fosse pertinente.
não deixei passar. dei espaço à expressão e perdoei qualquer exposição.
me desliguei naturalmente de algumas pessoas. perdi outras.
e descobri que ganhei a mim mesma.
Sunday
i found it.
lembrei da conversa que tive com um amigo meu, onde a questão era: "como você sabe que gosta verdadeiramente de alguém?".
eu respondi: pelo silêncio. o silêncio que não causa incômodo, o silêncio do respeito. de vidas alheias juntas por simplesmente quererem estar.
ele me disse: eu sei disso quando acordo. logo cedo, em um momento tão meu.
ontem eu soube ouvindo uma risada, uma brincadeira, que nem eram para mim.
ontem me dei conta que sorri por dentro, verdadeiramente. simplesmente porque aquela pessoa estava feliz como um menino, mas em corpo de homem.
descobri de uma maneira pura, em um momento sem pretensão.
como sempre foram nossos melhores achados.
(ilustração encontrada no Ffffound!.)
Friday
see you at the airport.
hoje começei a programar uma nova viagem. então, senhoras e senhores, este é o trabalho de sean marc lee.
o destino será japão ou leste europeu.
Thursday
meu planner predileto
me manda disfarçar, chorar e ainda me (re)apresenta à cartola.
adoro esse menino que faz playlists animadas pra mim ;)
Subscribe to:
Posts (Atom)