Friday

Nas nossas manhãs.

então esse sábado acordei e finalmente tive coragem de deletar meu blog antigo.
tinha quase o mesmo nome que esse, o mesmo layout. mas tinha também coisas que não cabiam mais.

reli uma média de 270 posts, desde novembro de 2006, quando ele ainda era "entre cortes, passagens e cores". gostava desse nome. gosto até hoje.

para as pessoas que contei ter feito, recebi olhares assutados em troca: "...mas tudo fez parte da sua história. foi o que passou, não se deleta passado!"
de fato, guardar "aquilo que foi" pode nos nortear, e até aliviar. um registro online foi deletado, mas nunca aquilo o que foi vivido.

aqueles posts e textos que realmente gostava e que ainda são pertinentes, atemporais, permanecem. assim como os que ainda adoro, muito...

e daí têm aqueles que ainda estão aqui, dentro, pra sempre arquivados no lugar mais seguro existe.



Last Night Party
/ set08
ele:
bom dia!
como se portaram pedro, bjorno e joão?

eu:
aaaaaaeeeee foi liiiindo. mas posso falar? shout out louds tocou antes. foi tao lindo quanto. juro juro juro. a noite valeu cada segundo. parecia que a gente tava na europa, sabe? clube pequenininho, meio vazio, para raros.
fui com amigos, dancei, ri, tava feliz. feliz mesmo. de ver bandas que eu gosto, tocarem musicas que eu gosto e obvio que corri pra frente pra cantar bem perto deles "i ammmmmm more meee". as you said i should ;)
e PB&J são loucos-malucos. e sao todos lindos no palco.
alem disso, eles brincam em trabalho: páram a musica no meio, cantam jorge ben, falam portugues, voltam a musica, gritam, quase se jogam, levantam o povo e, nossa, de morrer.
alias, ontem, eu poderia dizer que me senti completa. por um momento só, que fosse, mas me senti. foi bonito. bem bonito.
parecia europa. parecia uma viagem entre amigos.
foi legal.
e fiquei feliz.
e, hm, nasci pra ser tiete. prontofalei ;)


e não me venha falar da europa! / ago08
from *See you in the morning by *juju*
em seis meses vamos precisar de visto para visistar londres ou qualquer cidade da inglaterra.
a mídia não está falando muito disso, mas é verdade. na verdade, o único veículo que fala é o estadão. e a cbn, que foi minha fonte.
então estou eu, voltando pra agência e ouvindo esse absurdo no rádio. ao final da reportagem, eles ainda dizem que a obrigatoriedade de visto de turismo se extende para todos os países da união européia.
sim: todos!
tô passada, puta, também indignada como a cbn e a droga do meu passaporte italiano vai demorar muito, mais muito tempo.
adeus reveillon em alto estilo, férias animadas com festas no verão europeu e, by the way, esqueçamos paris!
pra melhorar, subo na agência e os meninos me perguntam: "julinha, você tem umas amigas assim?"
eram fotos de uma mega-jam balada na frança. ou suiça. ou suécia, ou inglaterra, ou irlanda, ou italia, ou espanha, ou alemanha, ou a vá pra puta que pariu esses lugares.
não me venha falar de europa!
tô triste mesmo, e daí?

e humpf! esses malditos britânicos de meia-tigela!



calçada da vila olímpia não é lugar para andar de paquera!
/ ago08
from *See you in the morning by *juju*
ah, mas que saco, "dá licença por favor?": calçada da vila olímpia não é lugar pra andar de paquera!
andam a dois por hora, todos cheios de nhénhénhé, de mãozinha dada, ocupando três espaços, olhando as vitrines inexistentes e ai, que saco. eu tô com pressa, com fome, ainda preciso passar na farmácia e no sapateiro.
não é pra andar com paquera, empaca tudo, entope tudo, e ainda fica uma fila atrás do pessoal da firma se gabando da apresentação em power point que estava lindona.
pior: todo mundo vestindo cinza.
não dá. vapapú e vão andar de paquera em outro lugar, de preferência bem longe de mim.
aqui a calçada é pequena demais para nós dois.
humpf!

(e ainda me fazem chegar tão irritada do almoço que erro o andar da agência!)


Thursday
as coisas têm mudado... / jul08
muito, ultimamente.
estou num momento de assimilar e por isso ando meio calada.
já estou de volta, desde o dia 1.

meu aniversário foi bem bonito. meu trip-mate me levou em uma loja-luxo, depois compramos mimos alimentares no marks&spencer que tanto amo e eu quase - quase - desmaiei no meio do lugar. estava realmente, realmente faminta.
daí, com toda a agilidade de um trip-mate, ele passou a mão em uma cestinha de baguetes e me deu: "come."
fomos para o hyde park e por lá ficamos tomando sol, um pouco dormindo, um pouco acordada, entre um telefonema e outro. umas duas horas e um sol forte. foi bonito e era meu aniversário.
no final da tarde recebo um email que me enche de emoção. já disse que eu adoro o pessoal da babel? claro que já disse. eles fizeram uma coisa muito, muito doce.
depois do meu surto no ponto de ônibus, sentamos calados enquanto eu sorria, olhando londres passar pela janela, até chegarmos no london eye.
foi bonito. fazia frio e o céu estava alaranjado. ainda era nove da noite.
sentamos ali no bar do southernbank e tomamos uma boa garrafa de vinho rosé. francês, porque a frança decidiu nos perseguir. e por hora eu decidi deixar.
voltamos para casa.
no dia seguinte voltaríamos para paris (esqueça paris, menina!) para eu voltar a são paulo.

tenho saudade.
a saudade da viagem, a saudade da companhia, a saudade da minha serenidade. não, não que eu não estivesse prevendo isso. veja, já fiz algumas coisas asssim para saber como funciono.
mas, essa... essa foi...
gênia?

veja...
as coisas têm mudado um pouco...


Sunday
just for the records / jun08
tudo anda bem.
estamos em londres, com algumas pequenas (pequenas, nada, grandiosas) mudancas de planos. mas tudo anda bem.
depois escrevo melhor.
mas fato eh: a tate eh de morrer (novidade), o tempo ta terrivel (novidade) e to, assim, tipo, bem feliz (apesar de pesares).
depois conto melhor.

amanha eh meu aniversario.
me liga?


a casa que nunca tivemos / jun08
from *See you in the morning by *juju*
a casa que nunca tivemos é toda de vidro e madeira branca, num lugar muito, muito alto e distante.
a casa que nunca tivemos tem vista para o mar. lá fora, no deck de madeira escura, uma espreguiçadeira branca.
a casa que nunca tivemos recebe grandes festas que duram até o dia seguinte.
a casa que nunca tivemos recebe amigos que nunca tivemos.
aquele casal que tanto gostamos, tão entendidos de vinho e vida, assim como nós.
a casa que nunca tivemos recebe também flores que colhemos juntos, quando subimos ali na colina nas tardes frias de junho. nessas tardes, sempre que voltamos para casa, você me faz parar ali na trilha, me abraça e sussurra no ouvido:
"não é mesmo linda, a nossa casa?"
a casa que nunca tivemos vive do nosso fogo, não havendo espaço para mais
ninguém novo ou passado em nossos corações. ela é repleta de paz e harmonia, formada exclusivamente pelo nosso dia-a-dia.
a casa que nunca tivemos é toda de vidro porque somos honestos.
a casa que nunca tivemos tem madeira branca, porque somos sólidos.

a casa que nunca tivemos está no alto, distante, porque podemos seguir.



Wednesday
teu vazio na janela da minha vida. / dez07
eu juro por deus que hoje tive vontade de te esganar. te esganar como nunca o fiz, até arranhar minhas unhas na tua barba e repuxar todos esses teus pêlos do rosto.
subir lentamente até teu nariz e socá-lo, socá-lo até escorrer todo o catarro e o pó já cheirado.
me empurrar até seus olhos, olhá-los bem de perto e cuspir. de novo. e de novo. bem dentro.
enquanto isso, uma mão minha te arranharia a testa, deixando uma cicatriz tão grande quanto a que deixaste em mim. uma cicatriz que te dê vergonha, que te dê ânsia própria toda vez que olhares no espelho.
hoje tive vontade de te esganar e o fazer engolir teu próprio sangue e gozo. vermelho, ah, o vermelho que você tanto gosta. o drama, a licença poética. o seu vermelho, enfim.
te esganar até você quase morrer, só para logo depois do susto do quase, como numa orquestra mal ensaida, sussurrar ao meu ouvido "eu sinto tanto a tua falta na minha vida".

eu enfim te viraria um tapa na cara, bem dado, redondo, onde uma poça preta se formaria para refletir tua imagem nojenta.
um tapa com muita dor, por todos esses dias, meses e anos que me fizeste passar. e daí, e só aí, eu terminaria de te arrancar essa barba morta, que sairia junto com tua pele seca do meu cal, para te deixar em carne viva. inteiro. inteiro em carne viva. da sua pretensiosa cabeça aos teus prepotentes pés.
aos teus pés. até eles eu desceria pelas tuas pernas, te maltratando, te arrancando tudo o que tivesse por vir, pêlo por pêlo, lembrança por lembrança, e tudo o que tens. principalmente o que tens.
e nos teus pés eu então me acalmaria. e choraria.
choraria todo o desespero e a dor, a vergonha e a solidão, o ambandono e mais tudo o que nunca me permiti desabar, desde que você partiu.
chorar até eu quase morrer, só para logo depois do susto do quase, como numa orquestra mal ensaida, sussurrar  ao teu tão longe ouvido "eu sinto tanto a tua falta na minha vida".

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Grande coisa! / jul07
É, definitivamente, uma bosta.
Uma BOSTA.
Uma B-O-S-T-A.
Não tem como, cansei, não dá mais pra fingir que nada tá acontecendo, que é assim mesmo, normal, recorrente, esperado, e que acontece com o mundo.
Porque é exatamente por tudo isso que é assim, uma bosta.

Uma bosta você vai lá e conhece o moço. Papo vai, papo vem e ele acaba pedindo seu telefone. Ou o do seu cachorro. Ou o da sua irmã. Do chefe, melhor amiga, mãe, cozinheira, qualquer coisa. Mas dá um jeito de chegar junto. E chega.
Pois bem. Daí, depois que tudo acontece, todas aquelas delicinhas bestas, paparicos medíocres e tão perfeitos, amorzinho pra cá, doçurinha pra lá e então, suddenly, acaba.
Não interessa porque, quem com quem, quando, depois de quantos meses e anos juntos, se nevava ou era seca no sertão. Mas acaba. É assim mesmo, aparentemente sem mais nem menos. Porque sempre tem um motivo, tem que ter um motivo maior, deve haver um filho da puta de um motivo gigante que justifique.

Que justifique esse chiclete que vai-e-vem que é a nossa vida cheia de relacionamentos. Esse chiclete que vai-e-vem que é a droga da nossa cabeça neurótica e feminina e fadada aos problemas medíocres dessa sociedade vazia que eu vivo. Não sei você, prezado leitor, mas eu sim.
Medíocre vidinha essa de acordar, se enfiar num trabalho que o povo se mata pra ganhar milhões e nunca ganha. Medíocre vidinha que o parceiro ali do outro lado da mesa fica o tempo todo no youtube e no messenger e ganha o triplo. Medíocre vidinha essa de aparências sociais que me faz cada dia cavar um pouco mais do meu buraco e me fechar – confesso que ontem quase o confundi com uma vala.
Pára o mundo que eu quero descer, que eu cansei da brincadeira de mise-en-scene meu, seu, e de quem mais quiser subir nesse palco. Aproveita que o ingresso hoje tá de grátis, promoção de inauguração.

Voltando à bosta. Não, não, prezado leitor. Me desculpe: à BOSTA.
À B-O-S-T-A.
Cá estamos nós, mais uma vez se desvencilhando de dores e amores que não deram certo, de encontros e desencontros (e se citar Vinícius, leva!), de dor de cotovelo, de corno, de bexiga, de cistite, de pau-pequeno, de peito murcho, de qualquer coisa que você quiser chamar. Mas desvencilhar dói e isso é um fato.
Que piora oitenta e sete por cento se você somar a isso uma sociedade medíocre e ordinária. Porque quando você tem a oportunidade de se abster dela por 24hs, percebe o quão medíocre, ordinária, vazia e calculista a sua pessoa também se tornou.
A solução então é morar no campo, na praia, na rua, na chuva ou numa casinha de sapê? Não, ó estimado leitor, não é. Quer dizer, acho que não é...nunca morei, porra, como é que eu vou saber?
A solução é tentar...tentar...tentar reparar os erros cometidos durante os surtos medíocres e indecentes, imersos num contexto concreto e cinza. Muito cinza. Bem cinza. Totalmente cinza.
Com uma pitada de vermelho-luxúria que sempre fode tudo.

Naquelas 24hs de consciência, naquelas 24hs que você se propõe a ajudar de verdade o mundo, as mesmas 24 que você ama assistir Animal Planet sem se sentir sozinha (porque, me desculpa, mas é praticamente impossível você assistir a uma búfala parindo na Nova Zelândia e uma zebrinha pulando na África e não se sentir a pessoa mais sozinha do mundo). Pega essas 24, lembra dos 24 mil surtos que você-versão-mulher-barbada-gigante-elástica-canibal-animal-aberração cometeu sem o menor peso na consciência e com o rei e o príncipe e o reinado inteiro na barriga, e se redime.
Só não pergunta como. Eu também não sei.
Só sei que é uma bosta.
Essa grande bosta: a vida na cidade grande, no mercado da comunicação, desse povo lindo e descolado, no bairro mais burguês do país.

G-R-A-N-D-E B-O-S-T-A.


Mirror_1,11 / abr07
- você de novo?
- como vai você?
- com licença.
- como vai você, eu disse.
- com licença, eu disse. será que você pode ir embora?
- não.
- por favor, olha, já te pedi pra sair daqui.
- eu não vou sair, me desculpe. aqui também me pertence e aqui também é meu jardim.
- ah mas não é mesmo!
- é, criatura! é meu jardim, com minhas flores que eu mesmo plantei com o seu solo e nossa água.
- sim, muito obrigada. você realmente fez um trabalho lindo. mas já pode ir porque já deu frutos, flores, já colhi, já deixei apodrecer, já um monte de coisa. sai?
-não.
-o que você quer de mim?
- você.
- eu não.
- você sim.
- eu não posso te dar eu porque se te der fico sem ninguém.
- te ofereço essas rosas.
-nossa, mas quanta ousadia a sua, não? me oferece as rosas que meu próprio jardim deu!
- nã-não, tsc, seu jardim as acolheu. eu coloquei a semente, emprestei sua terra e regamos juntos.
-bem, ok, sai?
-não saio. e ainda te digo mais: não saio porque isso aqui só acaba, as flores só morrem, e a seca só impera, quando você disser que é para acabar.
-bem, que acabe, então!
- não é assim.
- mas puta merda! tudo o que eu faço é incompleto, tudo o que eu faço não é saudável, tudo que eu tenho tem um dedo seu. que saco, porra. merda.
- preciso te dizer uma coisa.
- diz e sai.
- não vou sair. preciso te dizer que eu não acredito mais.
- em...?
-vertigem. substituição.
- e...?
- vertigem, não acredito. não quero mais, não consigo.
- me deixa ir... por favor, me deixa ir embora... me deixa...
- se fores, levas o quê com você?
- nada, prometo. te deixo sem nada, só com você.
- então vá.
- e você?
- vou também, mas o Susto fica. deixe que alguém que não nós cuide dele. não precisamos mais carregá-lo.
- você vai embora mesmo? de verdade? nunca mais volta?
- você quer?
- eu quero muito... olha, eu gosto muito de você mas tá muito difícil. olha, o que precisa ficar claro pra você é que eu não posso mais ficar assim, com você presente em tudo. eu gostaria de respirar, andar, de vez em quando ter a sensação de que cheguei em algum lugar... e com você aqui tá muito difícil... a gente fuma esse cigarro e depois parte.
- assim eu te deixo ir em paz, como você está me deixando.
- obrigada... obrigada, Senhor... obrigada.
- e assim podemos fazer com que tudo o que foi vendaval, em brisa se transforme...
- e leve sementes que não mais essas desgastadas e apodrecidas, para outros ventres.
- outros frutos.
- flores.


Monday
CrossFade_Ando Meio Street / dez06
hoje me percebi mais street e menos romântica.
fui na galeria ouro fino pegar um colar que deixei pra consertar e aproveitei e dei uma volta. foi divertido. era tipo dez e meia da manhã e estava gostosinho andar por ali vazio...
coisas interessantes aconteceram: a vendedora da Chilli Beans não sabia quem era Jackie O. e muito menos o estilo da Diva. Thaís Gusmão ainda se acha a última bolacha do pacote e colocou na vitrine um visual nada a ver, com cinta-liga de pelúcia preta. e o clássico army ou exército ainda está em alta.
quando desci ali no subsolo, entrei numa loja que muito me chamou a atenção "Attention Deaf Disorder". Já tinha entrado antes, há alguns meses atrás. bom, eis que entrei e não tinha vendedor algum, mas logo percebi que não tinha mais moda feminina lá, só para os moços que by the way, se comprassem lá, seriam todos muito charmosos.
bom, enquanto pensava nisso, reconheci numa arara um moleton lindo lindo que um affair meu usava horrores, o que me deu uma bela pontada no coração.
- e aí, quer levar pro seu namorado?
"puta que o pariu, vendedor, você quer que eu caia em prantos aqui mesmo?", pensei.
- hehe..eu não... eu não tenho namorado...
- ahn, mas se tivesse ele ia gostar, ia não? (mal sabia o vendedor da minha saga) e continuou: "mas então, tava te olhando, super bonitos seus pés, nossa!"
- ahn?
- seus pés. bonitos. te vi descendo ali a rampa e reparei.
- nossa moço, tô tipo de calça jeans, cobrindo meus pés. deixa até dar uma olhada aqui neles (e levantei um pouquinho a barra da calça).
- ah, vai. mó bonitos. até parece que você nunca reparou...
- nossa, nunca. mas agora que não tenho namorado, né, quem sabe não me apaixono por meus pés..."e aí, pés, how are you doin'?"
(incrível como consigo ser besta de vez em quando)
-haha, adorei...
- é...
- então, mas poxa, que pena que a gente não tem mais moda feminina...a gente tinha até que...
- sim, me lembro, vocês tinha umas coisa bacanas aqui...
- até que a sabrina sato veio aqui e apareceu com umas roupas nossas no Pânico. daí...bem daí queimou o filme total da loja.
e ficamos ali meio rindo, meio sem graça... eu sem namorado numa loja de roupas para homens, ele olhando para os meus pés enquanto eu pensava que é legal mesmo a combinação sandalinha verde-exército e unhas bordô. gostei.
saí ali da ADD e uma senhorinha me puxou para um brechó, do outro lado do corredor.
- olha, temos aqui um monte de coisinhas Vintage... tem vestidinho, tem lenço, chapéu...
- obrigada, senhora, só estou de passagem mesmo. uma coisa mais street, menos romântica.

e enquanto subia a rampa, reparei que ele estava ali sentado no banco de madeira, com um olho no jornal e o outro em mim.

Fé.

Ela disse que não acreditava em nada daquilo.
Até acreditar.

Stay.