Thursday

Human in my dream.

Podem me chamar de louca, mas essa noite sonhei com Brandon Flowers e acordei apaixonada.
O problema? Acordei apaixonada sem o objeto de minha paixão, sem Brandon e muito menos Flowers.

Wednesday

Médico.

Hoje vi um médico sentado no metrô. Quis sentar ao lado dele e perguntar:
- Como foi o seu dia?

Saturday

Agência.

Agência, sexta-feira, 8:30pm.

lugar novo e enorme. 28th com a park. fino. tudo vazio. sexta-feira. todo mundo foi embora. tem uma caixa de som instalada bem ao lado da minha mesa. pra tocar som 'ambiente', bem coisa de fino. bem nova iorque. noto uma última pessoa na agência. e eu. o som aumenta. o som na verdade está muito alto. é heavy metal. pior, é uma estação tosca de rádio que toca heavy metal e tem péssimos spots. bem rádio. ponho o fone. Spotify. Wild Nothing. último volume para não ouvir o heavy metal. tiro o fone. algo me pareceu familiar. November Rain. lembro do Maksoud Plaza.

lembro da praia.

Saturday

Me, Michel & New York.

Não existe nada como o gosto do presente.

Do agora. E de se dar um presente, agora.

Hoje eu vi, ouvi e conversei com Michel Gondry. Ele cria tensões como ninguém. Descreve emoções lindamente. E é tão timido. Falei do Brasil, dos amigos, da legião de fãs que ele tem aí (vocês, no caso) e confessei o fato de que, aos meus puros olhos de poesia inventada, ele é o melhor diretor de cinema moderno. 

Vi uma surpresa e um brilho nos olhos de quem - surpresa! - sempre causou isso em mim. Dei o troco. Retribuí. Done. Temos. Foi bonito. 

A vida fez mais sentido. Eu vivi meus amigos. Revisitei emoções. Num momento e espaço só meus.

O meu presente.
O meu agora.
O meu 'thank you so funking very much for bringing me here', mas dito para mim mesma.

Much love,
Julia, Michel and New York City.

Monday

São Paulo, saída de cinema.

Passos largos, destino nos olhos e meio-sorriso no rosto. Enquanto passava pela porta, ali entre o degrau e a calçada, com um dos pés ainda no ar, ouve: -Acho que acabei de encontrar o amor da minha vida. Frevinho, saída. - Você! - Ahm... - Puxa! Será que a gente podia, bem, queria... bem, será que a gente... - Não posso, moço. Sou casada.