Pense em moedas.
Pense agora na amplitude de valores. Na diferença de valores. Dos nomes diferentes dados a coisas que compram coisas diferentes. Amplie o espectro, vá ao macro e pense na desvalorização.
Pense em troco.
Repense cobrança.
Cobrança.
Volte então à moeda, pergunte-se o que era o produto ou serviço que estava para ser assim, burocraticamente, adquirido.
Releia os recibos e suas descrições em mercados globais. Para facilitar, lembre-se de toda a bagagem cultural adquirida. Agradeça as aulas de interculturalidade e as sessões (essas, sim, financeiramente calculadas) aproveitadas.
Veja se existirá um troco, ou se foram dadas as moedas exatas.
Não esqueça de checar o câmbio, porque talvez o que possa ser uma sutil diferença para um bolso farto, para um bolso escasso mude tudo.
Sempre amplie o espectro, portanto, por último pense em todas as crises mundiais.
E conclua tudo com a palavra Limite.
Agora, sente um pouco em cima dela e reflita.
Existem valores. Existem limites. E existem barreiras.
E então releia este.
'Where you end and I begin.'
Monday
Friday
Quer saber como foi?
Barcelona, Lyon, Monaco, Limone, Genebra, Barcelona, Zaragoza, Madrid, Barcelona, Vida.
Foi FODA.
Foi FODA.
A Lista Negra.
Eu recebo uns emails do Grupo de Jovens de uma determinada Igreja.
Sim, uma Igreja.
É, Católica.
Foi em 2008, anos (ahn-ham) atrás, quando um belo domingo acordei desesperançosa e fui até lá. Participei de uma daquelas reuniões e foi bom. Foi ok.
- Legal, Julia. Adoramos você!! Me dá seu email que daí a gente te inclui na Lista! [sorrisos animados]
- (... ) Tá bem... [sorrisos amarelos]
Quase todos os dias, há mais de dois anos eu recebo estes emails. Portanto, já faz parte da minha rotina vê-los em negrito no meu Inbox.
Mas hoje, ai, hoje eu decidi ler o conteúdo. O Tema das discussões e das próximas aulas aos domingos sagrados é "A Moral Sexual".
O email tem vídeo.
Tem Padre.
Tem apostila.
Tem sinos.
E eu, desejos de me tirar desta lista.
Mas daí me pergunto: Se me tirar, Deus castiga?
Sim, uma Igreja.
É, Católica.
Foi em 2008, anos (ahn-ham) atrás, quando um belo domingo acordei desesperançosa e fui até lá. Participei de uma daquelas reuniões e foi bom. Foi ok.
- Legal, Julia. Adoramos você!! Me dá seu email que daí a gente te inclui na Lista! [sorrisos animados]
- (... ) Tá bem... [sorrisos amarelos]
Quase todos os dias, há mais de dois anos eu recebo estes emails. Portanto, já faz parte da minha rotina vê-los em negrito no meu Inbox.
Mas hoje, ai, hoje eu decidi ler o conteúdo. O Tema das discussões e das próximas aulas aos domingos sagrados é "A Moral Sexual".
O email tem vídeo.
Tem Padre.
Tem apostila.
Tem sinos.
E eu, desejos de me tirar desta lista.
Mas daí me pergunto: Se me tirar, Deus castiga?
Thursday
Os dias correram como cavalos selvagens nas montanhas.
Foram dias que correram livres como um respirar aliviado.
Foram dias que fluíram como um mergulho no mar de sí mesma.
Foram dias que cavalgaram com a força de um longo, profundo e delicado caso de amor próprio.
Naquela manhã quis comprar mais livros de arte e enfeitar-se. Pintou o cabelo, comprou mais vermelho.
Falou mais alto e marcou mais passos. Disse verdades, declarações de amor. Entendeu amizade. Voltou a adolescência. Chorou baixinho e aprendeu um rezar diferente.
Recebeu amigos em casa. Abriu mais portas e deu mais caras a tapa.
Assumiu medos, defeitos e nós. Infinitos nós.
Nós coloridos, cinzas, pretos, brancos, grossos, finos, leves, rendandos, de lã, de linho, de tintas e giz de ceras.
Nós, infantis. Nós, adolescentes. Nós, adultos. Nós, velhos.
Nós mortos.
Para um dia renascer. Olhar o mar, rezar baixinho, pintar, dançar. Mais do que nunca, se recriar.
E foi a partir deste dia que todos os seguintes passaram a correr como cavalos selvagens nas montanhas.
Foram dias que fluíram como um mergulho no mar de sí mesma.
Foram dias que cavalgaram com a força de um longo, profundo e delicado caso de amor próprio.
Naquela manhã quis comprar mais livros de arte e enfeitar-se. Pintou o cabelo, comprou mais vermelho.
Falou mais alto e marcou mais passos. Disse verdades, declarações de amor. Entendeu amizade. Voltou a adolescência. Chorou baixinho e aprendeu um rezar diferente.
Recebeu amigos em casa. Abriu mais portas e deu mais caras a tapa.
Assumiu medos, defeitos e nós. Infinitos nós.
Nós coloridos, cinzas, pretos, brancos, grossos, finos, leves, rendandos, de lã, de linho, de tintas e giz de ceras.
Nós, infantis. Nós, adolescentes. Nós, adultos. Nós, velhos.
Nós mortos.
Para um dia renascer. Olhar o mar, rezar baixinho, pintar, dançar. Mais do que nunca, se recriar.
E foi a partir deste dia que todos os seguintes passaram a correr como cavalos selvagens nas montanhas.
Wednesday
De quando eu queria que fosse hoje.
Encontrei esse bilhete.
Está datado de um mês 9 perdido entre tantos outros já vividos. Por um segundo me alivio de pensar que esse cuidado nem faz tanto tempo assim, só pouco mais de um ano.
Já no segundo seguinte, me dou conta que faz... que faz tempo sim. Que esse mês 9 era de 2007 ou mesmo de 2005.
Penso em 2005. Seis, sete, oito, nove, dez, onze.
Saudade desse romantismo quase inocente em época de amadurescimento. Saudades de paixões declaradas, de receber flores no meio do trabalho. Da surpresa ao receber um cuidado, de achar alguém que tinha encanto e coragem suficientes para demonstrar.
Onde foi mesmo que perdi esses anos todos?
Onde foi mesmo que deixei a covardia alheia seduzir a esse ponto?
Onde foi que afastei as pessoas seguras, onde lancei-me em mares de dúvidas e convidei todos a navegar comigo? Onde foi que as certezas se esvaíram e olhares multiplicaram?
Onde foi que endureci?
Quais foram as minhas flores que deixei morrer?
Mais água. Viver mais a emoção.
Eu queria que esse dia 16, esse dia 17, fosse hoje.
Volta, Bobagem? Volta um pouco aqui pra mim que essa dureza toda tem me matado devagarzinho...
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